COMEÇO
COMEÇO
Esta noite dei comigo a pensar em começo, a propósito do
uso que faço dos meus pêndulos, da sua grande importância na minha vida e no
trabalho de assistência aos que de mim se aproximam. Uma estória reportada aos
idos de 1977/78, quando uma amiga da minha mãe, a Hélene, nos visitava regularmente. Esta
senhora belga, foi a madrinha de casamento da minha mãe em Angola e a sua
amizade muito apreciada por toda a família. Era uma pessoa encantadora,
extremamente sensível e inteligente, que tinha o condão de manifestar em cada
contacto, uma empatia natural. As suas estórias cativavam-nos e, a mim
particularmente por estar a começar no meu caminho no Yoga. Descobrimos o seu
jeito para deitar cartas e a descobrir-nos a cada passo! Viemos a saber então
que tinha uma qualidade especial que era a de ser vedora, aquelas pessoas que
conseguem usar umas varetas para encontrar água e ali se poder fazer um
poço. O marido tinha trabalhado na
Companhia de Diamantes em Angola, e
ela é que via onde
havia água para estabelecerem o acampamento de prospecção de diamantes, onde
ele trabalhava.
Foi então que me explicou o fundamento desse sistema e me
falou de Radiestesia, o uso dum pêndulo, que me ofereceu com um livro, para eu
estudar o assunto e descobrir a sua utilidade.
Ela usava-o para as coisas mais práticas do dia-a-dia, tal como saber o
remédio que tomar, o que podia comer ou saber num mapa onde estaria alguém
perdido. Para nós, ignorantes nessa matéria, era um fascínio e um gosto
inesperado, entrar num campo desconhecido para nós, que ainda estávamos
agarrados ao tempo da ditadura, em que não se podia falar de espíritos ou
semelhantes...
Comecei a aventurar-me com aquele objecto e a desenvolver
algumas aptidões, sempre com o maior respeito e cuidado, pois percebi que não
estava a adivinhar nada, mas sim a captar informações que o instrumento
manifestava com os seus movimentos pendulares. Curiosamente, esse primeiro que
me foi dado, perdeu-se na azáfama da vida de trabalho que começava a crescer, a
partir do momento em que dei início à minha "carreira" de instrutora
de yoga, ao mesmo tempo cuidando da família. Fui, igualmente, criando os meus
próprios pêndulos, depois de um aluno me ter feito um de madeira, de que gosto
particularmente.
Ao longo dos anos,
com a experiência e alguma intuição, fui desenvolvendo um potencial neste
sistema mágico e a entender cada vez melhor o seu sentido e a respeitar as suas
limitações. Por "acaso", também
percebi que me podia servir duma caneta como pêndulo e a deixar que ficassem
expressos os seus movimentos e, assim, poder fazer uma nova leitura do que ali
estava. Uma querida amiga/aluna, que me
consultava regularmente, baptizou aquela acção de "riscos", o que eu
achei graça quando ela me pedia para lhes fazer, como meio de saber como corria
a sua vida!
Na verdade, em continuação, o uso do pêndulo, como auxiliar
de análise de situações, passou a fazer parte dos cursos de “Shiatsu” e de “Sentir
Energia” que introduzi nos trabalhos do "SATSANGA”, o centro
de Yoga que abri em Almada em 1983, e fechei as suas portas em Lisboa, em 2021.
No entanto, continuo a servir-me dessa ferramenta no dia-a-dia e, nas ajudas
que vou prestando, sempre com um grande respeito, cuidado e agradecimento pela
assistência prestada.
Esta memória acordou em mim o desejo de agradecer as
bênçãos que me têm sido concedidas e a quem faz parte do grupo de anjos na
terra, que me permitem continuar a ser e a estar, pronta e disponível!
OM
SHANTI OM
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