DEAMBULANDO
DEAMBULANDO
Quando
temos tempos livres, o meu marido e eu, principalmente aos fins de semana,
procuramos deambular, indo à descoberta do que a cidade e arredores têm para
nos oferecer em termos de lazer, ou de, simplesmente, olhar, ver e sentir. Por vezes,
deixamo-nos levar ao sabor do que nos vai atraindo ou que alguma coisa nos
chamou a atenção, através de informações captadas algures. Estes momentos são
aquilo a que o meu marido chama de ”ir ver o mar”, pelo facto de
vivermos relativamente perto do rio Tejo, e de fácil acesso ao mar, quando nos
apetece ir mais longe. Na nossa condição de seniores, consideramos ser
importante caminhar e ocupar a mente positivamente. À nossa volta temos muitos
espaços verdes, que nos proporcionam o contacto com a natureza, tendo sido
durante a pandemia que fomos descobrindo tantos recantos agradáveis, aqui tão
perto, onde podemos passear ou, simplesmente, apanhar Sol.
Hoje, acontece que, feitas as compras nos locais habituais, e depois de
dar umas voltas a ver onde gostaríamos de passear, fomos em busca dum produto
que só se encontra em determinado lugar, que fica nos arredores do bairro onde
habitamos. Na verdade, distraímo-nos e acabámos por nos perder nessa busca, mas
com a sorte de termos passado por uma igreja, com um jardim de rosas como há
muito tempo não via. Lindas e muito invulgares! Já se sabe que logo pedi para
pararmos afim de eu fotografar umas quantas, a pensar nos belos motivos para as
minhas habituais mensagens, em que partilho sentires com o grupo de almas onde
nos encontramos. Estes momentos valem o que valem, mas fico sempre grata pela
oportunidade de viver estes chamamentos, que nos mostram como a felicidade pode
ser simples e acessível!
Tenho o privilégio de estar ligada a um círculo de energia em que as partilhas
são uma constante, recebendo em troca imagens e palavras que me chegam dos que
comigo estão nesta onda mágica, em que o dar e receber na mesma medida é o mote
principal. Estes pequenos gestos são extremamente importantes, pois fortalecem
uma união, para garantir que estamos sós, mas não sozinhos.
Aqui vos deixo uma pequena amostra de como vivemos esta manhã, em que se
celebra o dia em que pudemos passar a viver num país livre, onde cada um se
pode exprimir de acordo com o seu sentir, a sua cultura e a sua melhor forma de
se mostrar como ser atuante e convicto das suas ideias e ideais! Seria muito
bom, que todos tivéssemos a noção da importância de sermos responsáveis pela
continuidade desta condição, e trabalhando para o bem comum! Pessoalmente,
recordo o orgulho que senti ao presidir à presidência da mesa de votos das
primeiras eleições livres (1975), e ter colaborado no recenseamento do nosso
bairro. Só quem viveu num regime ditactorial, pode avaliar como é bom ser livre
e contribuir com a nossa experiência e conhecimentos, para uma sociedade tão
equilibrada quanto possível.
Comentários