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A mostrar mensagens de maio, 2006

ENCONTROS IMEDIATOS

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À BEIRA DO GANGES Começámos o dia pela visita a dois templos. O primeiro tinha um tanque com água, dita sagrada, e mal entrámos aproximou-se de nós um sacerdote oferecendo-se para nos fazer umas rezas e ungir-nos à custa de uma quantas rupias. À saída colocou-nos uma pinta vermelha na testa, acompanhada De outro pedido de rupias... O segundo templo era menos primitivo, não tinha tanque e como trazíamos a pinta na testa ficámos isentos do peditório. Pelo caminho visitámos o Ashram do Suami Sivananda e lá fomos atendidos por uma senhora muito simpática que nos deu o programa das actividades. Tínhamos que organizar bem as nossas visitas para não andarmos sempre de táxi o que fugia ao nosso curto orçamento. Curiosamente, o táxi, de vez em quando parava numa espécie de portagem e conseguimos perceber que passava por caminhos particulares e os donos teriam de ser informados das intenções dos viajantes. Quando chegámos ao hotel fomos

PARAGEM NO TEMPO

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Acordei relativamente cedo, mas fiz um esforço para dormir até perto das sete porque tinha tido uma noite bastante agitada, talvez pelo cansaço e porque o barulho da ventoinha por cima de mim me incomodava. Quando o marido da minha amiga veio bater-me à porta para irmos tomar o pequeno almoço, soube que ela estava cheia de febre. Resolvemos que o melhor seria levá-la ao médico para cortar o mal pela raiz. Depois do pequeno-almoço, contratámos um táxi que nos levou ao pseudo hospital de Rishikesh. O motorista levou-nos directamente a uma médica que a medicou com os comprimidos suficientes para aquele dia, com ordens para lá voltarmos no dia seguinte. Não é como cá que passam receitas e, depois, ficamos com as caixas cheias de pílulas; lá dão os comprimidos suficientes para o tratamento e pronto! Passámos a manhã toda na conversa, fazendo companhia à doente. Almocei com o marido (a doentinha só queria fruta) e a seguir fomos dar uma volta até ao outro lado da ponte (vide foto acima) para

A CAMINHO DE RISHIKESH

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O comboio era do tempo da outra senhora, como se costuma dizer, muito pior do que aquele que tomámos para Poona. Durante todo o caminho choviam coisas pretas o que nos impedia de ter as janelas abertas para não levarmos com elas em cima! No princípio da viagem ainda dava para observar o panorama que se ia desenrolando, bairros miseráveis que já não dava para estranhar, mas o que fez com que nos fartássemos de rir foi ver o espectáculo de dezenas de indivíduos a fazerem as suas necessidades à vista de todos! À nossa frente ia uma família indiana muito simpática: pai, mãe e uma filha crescida muito gira. O pai, logo ali tirou os sapatos e sentou-se no banco de pernas cruzadas. A certa altura, a mãe puxa dum farnel e o pai, continuando de pernas cruzadas, virou-se para o lado e preparou a mesa do repasto, caril de vegetais dentro dum saco de plástico, cebola crua, partida aos bocados, chapatis (pão indiano) e malaguetas. Lá comeram tudo à mão, não sem antes perguntarem se éramos servidos.

TAJ MAHAL

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A viagem durou 5 horas – a meio houve as habituais paragens para comer e fazer xixi. Por acaso, surpreendentemente, o sítio da paragem era uma espécie de oásis do Turismo oficial. É que parecia mesmo um oásis porque tinha um jardim, no meio de toda aquela pobreza e porcaria! Desta vez ficámos num bom hotel, do género daquele onde estivemos em Aurangabad, mas este até ar condicionado tinha o que proporciona outro conforto e descanso. Depois de almoçar não resisti a fazer uma sesta porque estava, realmente, cansada da viagem. Fui acordada para embarcar numa visita turística. Alugámos um carro e lá fomos até ao túmulo do avô da Imperatriz Mumtaz – a tal do Taj Mahal. Muito bonito e via-se que era preparatório para o futuro túmulo da Imperatriz. Situado no meio dum jardim e à beira do Rio Jamuna (rio irmão do Ganges, segundo reza a tradição). O seu estado de conservação deixava a desejar, mas compreende-se que num país onde há tanta miséria, é difícil pensar na conservação de monumentos, e

JAIPUR - A CIDADE COR-DE-ROSA

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Aqui vamos nós, Índia acima, seguindo os passos estabelecidos ou improvisados. Como lhes disse, demo-nos ao luxo de apanhar um avião que nos levasse até Jaipur, a cidade cor-de-rosa. Esta parte estava programada porque com os transportes naquelas terras não se brinca… E, foi assim… Que apanhámos uma camioneta que nos deixou num modesto aeroporto onde tomámos o pequeno-almoço. A viagem não foi muito demorada e, à chegada, alugámos um Rikshaw com um condutor velhote amoroso que nos serviu de guia até ao fim do dia. Arranjou-nos um hotel, muito ao estilo de casa colonial. A minha amiga estava com um bocado de medo de novo encontro com as “amigas” baratas, mas as massas também não davam para outros luxos e, por isso, teve de se conformar. O hotel ficava dentro dum jardim, o que era excelente para nos proteger dos maus cheiros que vinham dos esgotos a céu aberto das redondezas. Depois do almoço demos início à visita à cidade que nos pareceu bastante bem delineada, com ruas largas e alcatroa

OS TEMPLOS GRUTA

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A razão desta visita prendeu-se no interesse que estas grutas templo têm. Na Índia são muito comuns, contando-se quase 1200. Estas escavações não foram feitas a partir de grutas naturais. As rochas foram esculpidas de cima para baixo com ferramentas primitivas e a partir de planos feitos à partida. Os Budistas foram os primeiros a fazê-las. Os templos consistiam em duas zonas demarcadas: o templo propriamente dito e a zona residencial dos monges. As Grutas de Ellora são produto de três religiões: Budista, Bramanista e Jainista e contêm esculturas de deuses deusas representativas da sua fé. Chegámos ao Hotel Aurangabad Ashok onde ficámos muito bem instalados, se compararmos com as experiências anteriores. A janela do meu quarto dava para o jardim e, ao fundo, avistavam-se as montanhas. Depois dum rico banho e pequeno- almoço razoável, lá me enchi de coragem para resistir à tentação de mergulhar nos lençóis. Fomos até à “cidade”, se é que se pode chamar cidade a um amontoado de barracas

SEGUE A VIAGEM...

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Cá estou novamente para vos contar como foi o caminho para Poona e respectiva estadia. É preciso que vos diga que a razão desta visita tem a ver com o facto de, nesta cidade, haver vários centros de Yoga e um Ashram do Suami Rajneesh, actualmente chamado Osho (já falecido). O que pretendíamos visitar era o centro dum grande Mestre de Hatha Yoga, Iyenger. Apanhámos o comboio na Estação de Vitória e lá nos sentámos numa carruagem onde nos reencontrámos com o suma-a-pau. A 1ª classe era bastante mais cara, por isso, optámos por poupar umas rupias, sacrificando o conforto. Por cerca de 120$00 tivemos direito a chá e uma refeição ligeira. A viagem até se fez muito bem pois passámos o tempo a contar as nossas aventuras e a ouvir as dele. Chegámos a Poona e, por coincidência, à saída encontrámos uma senhora que havíamos conhecido a caminho de Ganeshpuri que nos indicou um hotel ali perto. Infelizmente, esse estava cheio e acabámos por ir parar a um mais barato, tipo casa de passe, onde as ami