DIFICULDADES

 

DIFICULDADES

A vida vai-nos apresentando algumas dificuldades, como que desafios à nossa força, e à nossa capacidade de as enfrentar, arranjando as soluções mais convenientes, a cada passo. São, muitas vezes, provas de resistência, que deixam as suas marcas, mas a serem sinais, a lembrar-nos que, afinal somos, sem dúvida, uns vencedores! Não sendo, propriamente, uma pessoa muito paciente, no entanto tenho o condão de lidar com algumas dificuldades, com aquela dose de criatividade e engenho necessárias, mesmo que pelo caminho vá refilando ou fazendo as minhas queixas, sobretudo tendo em conta a minha/nossa idade. Creio que pelo facto de meditar, me encontro pronta e disponível para achar as soluções correspondentes às necessidades momentâneas, mas a ter em conta as ajudas que estão ao nosso alcance. Tudo o que fomos aprendendo ao longo da vida, nos serve, e essa reserva de conhecimentos, permite-nos estar mais aptos para enfrentar o que quer que seja, sabendo por experiência que, quando estamos focados nos transformamos em antenas, capazes de captar qualquer informação que paire no ar, chamando a nossa atenção para a solução do problema em causa. Para além disso, a reserva de experiências, guardadas no subconsciente, emergem naturalmente, apontando os caminhos.

As dificuldades têm, claro, as suas medidas, com uma natureza bem diversa, podendo apresentar-se sob a forma duma emoção, duma memória esquecida, ou impressões que nos assaltam e nos levam a pôr os olhos nessa informação inesperada, causando perturbação no sistema nervoso. Acordados para essa realidade, só temos de fazer uma pausa e dedicar a devida atenção ao tema surgido, que pode ter uma importância relativa, mas que vale a pena pesquisar o seu sentido, a sua oportunidade, apesar de tudo. Os sentidos despertos, são avisos que devemos considerar, esperando que o tempo que passa nos diga ao que vêm! O pensamento, é a nossa mais valia, o poder que nos assiste, pois, com ele é possível viver com alguma confiança e a segurança necessária. Cada minuto que passa, correm na mente, milhares de ideias, tomando várias formas em imagens ou sensações, aquilo que chamo “sentires”, porque o que sentimos é a nossa verdade. Se formos capazes de parar, meditar um pouco que seja, rapidamente encontraremos as respostas, até para as perguntas que não tivemos tempo de fazer, ou não nos lembrámos delas… Meditar também é o sistema ideal para recuperar energia, pois nos deixa mais preparados para enfrentar o que quer que seja, visto que só quando estamos bem centrados no nosso Eu, é possível resolver qualquer problema. O corpo manifesta-se sempre e, a ele devemos dar atenção, deslindando os seus códigos, baseados naquele instinto que nos serve, que importa respeitar.

A nossa condição, circunstância ou necessidade, levam-nos a agir de acordo com esse potencial, com a sabedoria própria de quem sabe que sabe, ou de quem não sabia que sabia, despertando para aquela realidade, com a convicção de que, afinal, estava preparado! As dificuldades, como qualquer obstáculo, são ultrapassáveis, acreditando que estamos aqui para aprender, resolvendo alguns karmas do passado, ou simplesmente, como desafios à nossa resiliência e capacidade. É esse o nosso poder, a nossa vontade de seguir em frente, continuando a servir a comunidade em que nos encontramos, realizando que, realmente, estamos sós, mas não sozinhos!!!

                OM SHANTI OM

                


Comentários

Alfredo disse…
... e vivemos sempre entre encontro e desencontro da nossa capacidade de cura e resolução dos problemas e das diferentes situações e circunstâncias...
4:33 da manhã
Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

SAUDADES

Imagem
                                                                                                                                                   SAUDADES Não me considerando uma saudosista, reconheço, no entanto, que esta palavra tão portuguesa, me bate à porta, de vez em quando, mas tomando-a no bom sentido! Partilhando este sentir aqui e agora, com gosto. Há aquelas saudades boas que nos levam às memórias, onde tivemos a oportunidade de experienciar circunstâncias e relações que nos tocaram particularmente, continuando, apesar de tudo, no nosso seio. Quando me lembro dos tantos contactos que despertaram sentimentos e ...
Ler mais

MEDITAR, COMO E PORQUÊ

Imagem
  MEDITAR, COMO E PORQUÊ Quando oiço falar de meditação vem-me à memória o tempo em que, pela primeira vez, esse assunto entrou na minha vida e me falaram dessa acção, nos primeiros cursos de yoga que fiz em Inglaterra, nos idos 70/80. Confesso que, nas primeiras vezes que nos puseram em posição para começar a meditar, as minhas pernas não acharam muita graça e tive de ir encontrando a melhor forma de aguentar, com a ajuda de uma almofada, até encontrar a posição ideal. A meditação remetia-me para a ideia de pensar em coisas agradáveis ou associar a um estado transcendente reservado a monges, portanto inacessível ao comum dos mortais. Só com a continuação e a ajuda de alguns mestres, vim a perceber exactamente o como e o porquê desta prática tão importante, que passou a fazer parte da minha vida para sempre, sentindo que medito de cada vez que me encontro envolvida num objectivo, ou pelo simples prazer de estar naquele silêncio que tanto me diz! No fim, meditar é simples, se pensar...
Ler mais

SOMBRAS

Imagem
Tenho andado a pensar muito nas sombras que nos perseguem quando o Sol não está a pino! Quero com isto dizer que, apesar da atenção que damos aos pensamentos predominantes, sempre surgem sombras que nos acompanham e nos fazem sentir as piores pessoas do mundo... Penso que a culpabilização que resulta da consciência do lado obscuro da nossa existência, tem a ver com a cultura em que estamos inseridos e que nos obriga a, constantemente, levar a mão ao peito, “mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa”, até que nos sejam perdoados os pecados. E pior, são os pecados por omissão!!! Aquelas boas acções que devíamos ter feito mas não fizemos. Quando era pequena, a minha mãe obrigava-me a ir à confissão pelo menos uma vez por ano, normalmente na altura da Páscoa, e eu lá ia contrafeita e preocupadíssima com o que tinha de confessar a um senhor que eu não conhecia de lado nenhum. Chegava a escrever num papel os meus “pecados” para não me esquecer, mas com os nervos atrapalhava-me sempre e balbuc...
Ler mais