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A mostrar mensagens de fevereiro, 2008

A GUERRA "IN LOCO"

Continuando com as minhas estórias de vida, venho hoje contar-vos a minha ida para a guerra… O meu marido foi destacado para ir comandar a Flotilha de Lanchas do Lago Niassa, uma das zonas de campanha de Moçambique (1967). Como podem calcular, o céu desabou-nos em cima! Tivemos de tomar decisões drásticas e dramáticas que iriam provocar problemas emocionais e psicológicos que, naturalmente, deixaram as suas marcas. Mais uma vez se iria ter de dar uma separação e avançar para situações de risco. Acabámos por mandar um dos nossos filhos para Lisboa e, contrariando ordens superiores, lá fomos de avião até àquela terra distante. Partimos para a cidade da Beira e de lá para Vila Cabral e, por fim, Metangula cujo acesso só podia ser feito com um avião pequeno (Cessna), visto que as estradas estavam cortadas por causa das minas. Instalámo-nos numa casa que apenas tinha dois quartos, uma cozinha e uma casa de banho. A sala de jantar era num anexo feito em forma de palhota. Aliás, uma das razõe

SOLIDARIEDADE E LIBERTAÇÃO

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A partir do momento em que a consciência do “Si” (Self) se torne realidade, as mudanças internas fazem-se com confiança no processo de desenvolvimento, passando nós a agir com cautela, mas sabendo que o crescimento não pode parar. A solidariedade é um dos factores primordiais no avanço do Conhecimento e no sentido da realização pessoal. A partilha é um acto sagrado, e como tal, tem de ser feita de modo a proporcionar bem-estar e provocar sentimentos que se manifestem em alegria, que se expressa por meio de palavras, gestos e acções. Quando nos sentimos bem a fazer o que estamos a fazer é porque estamos no caminho certo e o que está certo significa que existe uma boa ligação com as mais altas esferas. Na verdade, os Guias e os Mestres apontam-nos a direcção a seguir, mas somos nós a desejar e a conseguir seguir por aí! Pessoalmente tenho a agradecer aos Deuses que me acompanham, a oportunidade de ter vindo ao mundo e poder vivenciar o Amor Incondicional no encontro com os meus Pares. Pe

SEGUE A DANÇA

O tempo que passámos na Estação Rádio Naval, na Machava, a cerca de 15 km de Lourenço Marques (agora chamada Maputo), deu para organizar a família e conviver como pessoas normais, numa sociedade de estilo africano em que a vida ao ar livre e despreocupada parecia não ser tocada pela guerra que se desenrolava a Norte. Os miúdos mais velhos começaram a frequentar a escola, enquanto as mais pequenas gozavam os prazeres de um amplo jardim e, ao fim de semana, refrescávamo-nos na piscina da Estação. Foi lá que as crianças deram as primeiras braçadas, aprendendo a nadar por conta própria e com a ajuda dos adultos que frequentavam aquele espaço. Apesar das óptimas condições em que nos encontrávamos, comecei a sentir-me bastante isolada e deprimida, pois não tinha muito com que me ocupar, visto ter vários empregados, como era habitual naquelas paragens. De manhã ia às compras, destinava as refeições que o fantástico cozinheiro nos fazia, dava volta ao jardim e à horta, o que dava para ocupar t