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A mostrar mensagens de junho, 2023

FINITUDE

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  FINITUDE Esta palavra apresentou-se-me logo pela manhã, e fiquei à espera que o seu sentido se mostrasse, ou a sua razão de ser, naquele preciso momento, porque os títulos dos meus textos, normalmente, surgem deste modo, desenvolvendo-se o tema a partir daí. Uma espécie de chamamento que aceito e deixo que as palavras fluam. A palavra “finitude” tem uma força, um peso respeitável, por isso era importante deixar que o seu significado e a intenção da sua presença na minha mente me tenha feito pegar no tema, afim de sossegar o meu espírito. Gosto de saber o porquê das coisas que me acontecem… Na minha idade e condição, é natural ver chegarem ao fim muitas coisas, muitas relações, muitos factos e muitas emoções, que se vão continuando a manifestar duma forma mais ou menos subtil. A vida que vou vivendo cada dia, tem uma importância relativa e a parecer-me sem grande significado, apesar de acordar com a ideia de que vale a pena ser e estar e que cada momento ou circunstância, terão um

O MEDO

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  O MEDO Imaginemos que vamos dar um passeio, seguindo por um trilho escolhido, numa zona particularmente arborizada e densa. Vamos sentindo o ambiente que nos rodeia, absorvendo a energia dos elementos em presença, saboreando a emoção que a natureza pode proporcionar quando nela emergimos. No entanto, é possível que sejamos surpreendidos por uma qualquer sombra e, naturalmente, assustamo-nos com aquela energia desconhecida e até, talvez, surpreendente. Instala-se o medo e o medo sabemos nós ser uma energia sem luz! Apesar dessa ideia estabelecida, aquela sensação acorda em nós outros medos, que fazem parte da nossa autodefesa psíquica, sabendo que aquele sentir pode instalar-se em ocasiões específicas, acordando uma fragilidade inesperada e, particularmente, subtil. Quando temos consciência do nosso sentir mais profundo e o medo se manifesta de algum modo, temos de ter o cuidado de lidar com essa emoção, acreditando que o tempo dirá de sua justiça e, aquele medo escondido, terá o

UMA IDEIA DE DEUS

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  UMA IDEIA DE DEUS Como a maioria dos portugueses, fui educada no seio duma família cristã/católica e cumpri com todos os preceitos que cabiam na minha evolução como ser, integrado na sociedade onde me encontro inserida. Para ser sincera, não me lembro de alguma vez, ter questionado a questão da existência de Deus, pois essa ideia era, simplesmente, aceite. Até agora… Frequentei a igreja nas ocasiões próprias, fiz as comunhões, crismas, casei e baptizei os meus quatros filhos. Nunca gostei de me ir confessar e fazia-o por imposição da minha mãe, normalmente, na Páscoa. Aquele confronto punha-me nervosa ao ponto de me esquecer o acto de contrição! Quando atingi a maturidade e a independência necessária, deixei de me sentir obrigada a cumprir aquele ritual e a falar com um padre jesuíta que me preparou para casar, acessível às minhas necessidades de partilha de sentires e emoções, considerando a importância de ter alguém a fazer de espelho e a "perdoar" os meus razoáveis p