UMA IDEIA DE DEUS
UMA IDEIA DE DEUS
Como a maioria dos portugueses, fui educada no seio duma família
cristã/católica e cumpri com todos os preceitos que cabiam na minha evolução
como ser, integrado na sociedade onde me encontro inserida. Para ser sincera,
não me lembro de alguma vez, ter questionado a questão da existência de Deus,
pois essa ideia era, simplesmente, aceite. Até agora…
Frequentei a igreja nas ocasiões próprias, fiz as comunhões,
crismas, casei e baptizei os meus quatros filhos. Nunca gostei de me ir
confessar e fazia-o por imposição da minha mãe, normalmente, na Páscoa. Aquele
confronto punha-me nervosa ao ponto de me esquecer o acto de contrição! Quando
atingi a maturidade e a independência necessária, deixei de me sentir obrigada
a cumprir aquele ritual e a falar com um padre jesuíta que me preparou para
casar, acessível às minhas necessidades de partilha de sentires e emoções,
considerando a importância de ter alguém a fazer de espelho e a
"perdoar" os meus razoáveis pecados…
O yoga abriu-me as portas ao conhecimento do que está para além da
matéria e passar a sentir que o universo material tem muitos aspectos,
transcendentes e misteriosos, onde o conceito de Deus cabe naturalmente, somos
muito pequenos perante o infinito e o que está para além do nosso entendimento,
mas é bom acreditar que há uma força maior que nos governa e nos protege de
acordo com a nossa condição e circunstância. A ligação com essa entidade é uma
necessidade, dada a nossa fragilidade como ser humanos. Por isso, chamamos por
Deus, santos, anjos e guias, pedindo ajuda e orientação, dando-lhes as formas
que melhor se identificam com a nossa própria cultura ou religião.
Acreditar em Deus é uma coisa que cada um pode manifestar por
conta própria, uma questão de fé, que ninguém sabe muito bem explicar o que é.
No entanto, oiço pessoas a dizerem que deixaram de acreditar em Deus porque as
coisas na sua vida não tinham corrido a contento, ou dizem que são ateus. Afinal,
Deus é uma entidade que nos controla a gosto e nada liga aos nossos desejos ou
aflições? “Se não me deres o que eu quero já não gosto de ti!!!” Até
pode acontecer, num qualquer momento, especialmente difícil, que se “lembrem”
que talvez Deus vos possa valer… O que sentimos tem a sua força, e esse sentir
é a manifestação natural de quem vive na matéria, o que não é nada fácil, como sabemos.
Pessoalmente, continuo na busca dessa verdade, acreditando que
apesar de submetida a forças superiores, vou tendo alguma protecção, que se
manifesta de várias maneiras e nos momentos em que preciso mesmo de
confiar, para conseguir seguir pelos caminhos que se abrem à minha frente e que
tenho de percorrer, por vontade própria ou porque “alguma” coisa me diz que é
por ali…
A ideia da existência de Deus é fascinante, e faz dum processo de
evolução um magnífico objectivo de vida!!!
OM SHANTI OM
Comentários
O amor comanda a vida!
Sente presente ....eu que andei na guerra e deixei de acreditar e Deus
Por achar que devia estar embriagado a gozar com a humanidade
Sinto o hoje nessa imensidão que a mente humana não realiza
E que existe dentro de nós.
Vou segui lá neste seu Blog.
A minha avó materna chamava se , Maria Emília,
e só por esse facto já gosto de si.
Cumprimentos
Pedro Tinoco de Faria
Muito obrigada pela sua atenção e aguardo as suas impresões.
Um abraço,
Maria Emília