QUEM CONTA UM CONTO...

  AUDIÊNCIAS Quando entramos em contacto com alguém ou alguma coisa, precisamos de sentir que há alguma correspondência, alguma manifestação, que nos permita perceber se esse contacto provou efeito e nos foi devolvida a informação necessária como prova dessa acção. As respostas podem ser variadas, de acordo com a intenção ou medida desse contacto. Se for em presença, é possível que a resposta venha sob a forma dum sorriso, gesto, comunicação verbal ou sensação de bem-estar. Pelo telefone, o som da voz já nos diz alguma coisa, em termos de receptividade, e as primeiras palavras ouvidas marcam ainda mais, pois são a manifestação da verdade de quem está a receber esse contacto. A telepatia, por exemplo, é a forma mais comum de comunicação instantânea, pois a troca de sentires acontece frequentemente, principalmente, quando há ligação afectiva ou ocasional. Quantas vezes uma pessoa nos liga por sentir um certo "chamamento" e, vice-versa! Ajudar alguém à distância, requer capa

  DUAS VIDAS… Considero-me uma mulher de sorte e gostava de explicar a razão desse sentir que, neste tempo, em que o tempo não se quer contar, me permite fazer uma revisão do que foi a minha vida. Não o faço por uma questão de saudosismo, mas por achar interessante contabilizar as experiências vividas e, por isso, com muitas estórias para contar e partilhar. Fui mulher e mãe, completamente entregue a essa tarefa, um trabalho que considero meritório, mesmo que não seja, normalmente, devidamente considerado, nem tão pouco remunerado. A maternidade foi um sonho concretizado e os filhos são a minhas/nossas medalhas por considerar termos criado uma família de que nos orgulhamos, acrescida com os netos. Como casei muito nova e os filhos foram chegando com breves intervalos, acontece que atingiram a sua maioridade quando eu era ainda jovem, e dei comigo a pensar não ser agradável deixar de ter os cuidados familiares habituais, criando a sensação de ter ficado “desempregada”, e a precisar

GRAMÁTICA Uma linguagem torna-se nitidamente mais perceptível, quando a gramática tem o seu papel e O entendimento passa muito para além da percepção habitual chegando ao fundo da questão proposta por quem está a partilhar o seu sentir. Sentir que se manifesta numa onda de energia, e se propaga, quebrando barreiras, estabelecendo um ambiente em que a razão perde o seu objectivo primordial. Os pontos, as vírgulas e as palavras vão fluindo e, a sua compreensão, vai muito mais além do sentido comum, tocando as almas eleitas. Quando estabelecemos regras na comunicação expressa, a gramática, que significa, precisamente "letra", faz deste objectivo o uso ideal da língua, como meio de partilha e uma manifestação amorosa, em que a verdade pessoal passa a ser um bem comum. O entendimento é feito duma expressão de sentimentos que vai tocando os que entendem aquela linguagem, muito para além do imediato, em que a aparência pode mostrar, mesmo com os pontos e as vírgulas, ou não, no síti