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A mostrar mensagens de abril, 2006

EXPERIÊNCIAS VIVAS

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Depois de nos instalarmos, a nossa primeira participação nas actividades foi no Arati da tarde, os cânticos feitos em pé. O templo era muito giro, mas a “fauna” que por lá pairava era um tanto ou quanto esquisita, especialmente eles. Uns 20 e tal europeus completamente orientalizados pois viviam ali há muito tempo. A seguir à cantoria, tivemos a nossa primeira experiência de comer como mandam as regras: sentados no chão, usando só a mão direita (comer à mão mesmo) e em silêncio. Ao princípio deu-nos vontade de rir, mas depois tudo correu pelo melhor. Comer caril com a mão, apesar da ajuda dos chapatis não é, definitivamente, tarefa fácil para quem não está habituado. À saída cada um levava o seu prato e lavava-o no mesmo sítio onde se lavavam as mãos. Mais cânticos e rezas, desta vez sentados no chão e lá estivemos nós a tentar acompanhar durante uma hora. Regressadas ao quarto, preparámo-nos para a deita numas camas do tipo suma-a-pau com um mosquiteiro para que os mosquitos não se s

GRANDE AVENTURA

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Agora é que é!!! Passo a contar-vos a grande aventura que foi chegar a este Ashram, aproveitando o diário de que vos falei. O relato fica, assim, mais rico. Se calhar este episódio da nossa viagem terá dois capítulos... Animem-se! Deixámos o Hotel às 10.30 h, para apanhar o autocarro 253 para Andheri, onde fomos encontrar um mar de lama e de gente... (é bom que saibam que na altura em que fomos a monção ainda andava por lá e as chuvadas eram uma constante). Carregadas como nós íamos, não dava para ter o moral muito elevado, sobretudo eu, confesso. Apanhámos o combóio com destino a Vasai Road, aonde chegámos ¾ de hora depois. Chovia bastante e o moral desceu mais uns degraus quando mergulhámos num novo mar de lama avermelhada (a outra era sobre o preto...). Chegou o autocarro, a cair aos bocados, e lá entrámos com a maralha toda. Dois minutos depois, voltámos a sair porque a geringonça não andava... Feita a mudança com a ajuda dum cavalheiro providencial, lá nos pusemos a caminho para m

MEMÓRIA...

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A vantagem de escrevermos um diário de viagem é que a memória não nos atraiçoa… e, como descobri um caderno onde descrevi a viagem à Índia com bastantes pormenores, constatei que a tal visita ao “Ashram”, afinal, foi três dias depois da nossa chegada. Aqui fica o reparo, com as minhas desculpas. Depois da nossa excursão, antes de regressarmos ao hotel, ainda passámos por um Centro de Yoga que não despertou o nosso interesse pelo que nem nos demos ao trabalho de pedir informações. Como tínhamos almoçado bem, decidimos ir ao mercado comprar fruta e umas bolachas de água e sal para o jantar. Esse foi, muitas vezes, o nosso menu durante a viagem, gozando da variedade de fruta que há nas zonas tropicais. Por norma nunca comemos nada cru sem lavar e tirar a casca para evitar problemas intestinais o que, felizmente, nunca aconteceu. No dia seguinte, já mais repousados, metemo-nos a caminho até à estação onde obtivemos informação sobre o Instituto de Yoga da Indra Devi de que tínhamos ouvido

PEREGRINAÇÃO

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Ir à Índia fazia parte dos nossos projectos a partir do momento em que nos encontrámos estabelecidas neste caminho da espiritualidade que é o Yoga e foi exactamente isso que fizemos. Combinada a estratégia, lá embarcámos para uma nova aventura, a minha amiga, o marido e eu. Não fomos em excursão organizada como se usa agora; a única coisa que tínhamos marcado era o avião para Bombaim e o respectivo regresso, o resto nasceu sempre do improviso e da intenção primeira que era visitar sítios onde a prática do Yoga fosse comum e acessível. Claro que também tínhamos uma ideia do que seria importante conhecer e deixámo-nos guiar pela intuição e pelos sinais que nos apareciam de forma evidente. Levávamos connosco um livro que nos ajudou a encontrar soluções e nos dava dicas para nos orientarmos numa cultura tão diferente da nossa. Apesar de termos estado em Goa, sabíamos que a outra Índia era bem diferente. Aterrámos em Bombaim e, no próprio Aeroporto, procurámos alojamento adequado. É bom qu

LUZ, APESAR DAS SOMBRAS

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“QUE DEUS FAÇA DE MIM, QUANDO EU MORRER, QUANDO EU PARTIR PARA O PAÍS DA LUZ, A SOMBRA CALMA DUM AMANHECER”. Florbela Espanca “NO CÉU BRILHAM AS ESTRELAS QUE VÃO APONTANDO CAMINHOS. SÃO PONTOS DE LUZ QUE SE ETERNIZAM PARA ALÉM DA SUA EXISTÊNCIA. OLHO, ENTÃO, O CÉU E VISLUMBRO NA NOITE ESCURA A ESPERANÇA DE VER CHEGAR AQUELA ESTRELA RSPLANDECENTE QUE, NO SEU FULFOR, FAZ DE CADA DIA UMA VIDA VIVIDA NA PLENITUDE DO AMOR. PASSO A PASSO, NA DIRECÇÃO CERTA, SIGO COM AS ESTRELAS QUE MORREM E, NO ENTANTO, CONTINUAM A BRILHAR.” Problemas familiares graves, puseram-me à prova e demonstraram à saciedade as vantagens do Yoga como filosofia e meio de encontrar um equilíbrio que se apresentava instável a nível afectivo e emocional. A vida é como o arco-íris, tem todas as cores e apresenta-se quando a tempestade se anuncia. Manter uma visão clara nos momentos difíceis é um factor decisivo para não nos afundarmos ou deixarmos de lutar pela nossa sanidade mental e prosseguir com os projectos que, de c