QUEM CONTA UM CONTO...

AURAS Estou a pensar que este tempo nos pode levar a descobrir quão pouco sabemos sobre a vida. No entanto, a capacidade de adaptação do homem é uma condição que lhe permite seguir o seu percurso, tirando partido do que estiver ao seu dispor, desde que tenha olhos para ver, ouvidos para ouvir e mãos para tocar, mesmo com a dificuldade dessa acção. Hoje em dia todos temos "fome" de toque, um gesto natural que nos dá a segurança aprendida à nascença com o colo onde fomos recebidos. Na falta dos abraços, podemos tocar os que nos são mais próximos ou em nós mesmos, imaginando que essa acção se projecta até onde desejamos ou como desejamos. O pensamento é a maior força que nos assiste e a imaginação não tem limites! Também convém não esquecer que as nossas auras se tocam quando estamos com alguém... Por isso, é muito importante mantê-las em boas condições: coloridas, firmes e flexíveis, capazes de proteger e proporcionar bom contacto. Através da aura nos comunicamos, m

LIBERDADE DE SER E ESTAR… Quando compreendemos e aceitamos o nosso querer mais profundo, a mente e o coração ficam completamente livres e em condições de perceber o que é a verdadeira liberdade. A liberdade de acção depende inteiramente da liberdade interior e, para que essa liberdade aconteça, precisamos de ser pacientes e determinados. Liberdade implica deixar de estar submetido ao autoritarismo interior, manifestado pelas tradições familiares, religiosas e sociais. A mente está condicionada por essa autoridade através do conformismo e da vontade de imitar. Uma mente livre não se submete, sabe meditar, discriminar e amar. No entanto, quando sabemos e percebemos o que é a verdadeira liberdade, tomamos consciência da necessidade de uma disciplina, que se define como forma de ordem, fundamental para a segurança a todos os níveis. Liberdade é, pois, ordem ! Uma mente altamente disciplinada é a própria aprendizagem. É estar em observação, em alerta permanente e com a con

UMA COMPANHEIRA… Esta orquídea tem-me acompanhado há uns bons anos, fruto de uma lembrança de uma amiga, daquelas que passam pela minha vida e deixam as suas pegadas de amor, mesmo que a distância se forme em termos de presença física. A força da natureza representa um factor consistente de manifestações que se expressam nas imagens e nas palavras, ditas ou escritas. Esta flor tem sido companheira e amiga em cada dia que passa e sempre desperta em mim a vontade de a “segurar” em fotos que vou partilhando, um amor sincero e puro que passo aos meus pares. Os que estão nesta vibração correspondem e vivem comigo estes momentos de exaltação pura, como a cor deste ser. Faz parte do meu SER e do meu ESTAR e aceito essa condição, honrando-a quando interpreto as imagens que capto, dando-lhes uma forma e um jeito próprio, enaltecendo o seu estado em cada passo e, principalmente, constatando a sua capacidade de renovação, sempre uma beleza que emociona e apaixona! Considero

IR À DECOBERTA… Sempre que queremos descobrir coisas novas, temos de pôr o passado de lado. O novo só acontece quando nos sentimos livres da influência de anteriores experiências. Se tivermos consciência do significado das palavras que ouvimos ou lemos e o sentido que está para além delas, então podemos dizer que houve comunicação. Comunicação, implica, não só uma compreensão verbal, mas também, partilhar, observar e criar em conjunto. Criar em conjunto, pode significar dar aos outros a energia e o espaço para que eles próprios se encontrem e desenvolvam as suas potencialidades. A criatividade é um processo em que a energia adormecida desperta e busca o caminho da luz. Na partilha se faz a troca dos elementos que nos sobram, pelos que nos faltam, para chegar aonde temos de chegar e fazer o que temos que fazer. Não é possível um desenvolvimento espiritual sem um espaço de encontro, sem a companhia de todos aqueles seres que nos acompanham nesta etapa da nossa existên

“Os elementos combinam-se para serem vida,  movimento, luz, energia e amor.” DAR E RECEBER - AFINIDADADES Estabelecer contacto com os nossos semelhantes deve obrigar-nos a um despojamento de preconceitos e de expectativas, que permita chegar a um resultado enriquecedor para ambas as partes. Dar e receber exige de nós uma disponibilidade que está para além do imediato. Amar o próximo só é possível quando nos amamos a nós mesmos, reconhecendo que o ego é apenas uma incorporação da alma e que esta não é, senão, o reflexo da divindade criadora que nos leva a ser o que temos de ser, para realizarmos os plano que nos foram propostos. Aceitar os outros, tal qual são, é o princípio da realização espiritual. Estamos conscientes do que somos, como somos e do que sentimos e, assim, estaremos atentos para descobrir os sinais que nos digam qual o melhor caminho para que aqueles   contactos, que nos vão acontecendo, sejam estabelecidos de forma a concretizar as acções necessári

O PÃO DA MAFALDA… Quando me casei, imberbe e inexperiente, fui parar a Goa, onde o meu marido estava estacionado em comissão e, decidida a cumprir com o meu papel de dona de casa, passava as manhãs a estudar o livro de receitas que a minha mãe me tinha oferecido, “DOCES E COZIHADOS - ISALITA” . O propósito era aprender a cozinhar para poder ensinar à empregada e, principalmente, encontrar os menus adequados à zona! Tinha de saber que produtos locais se adaptavam aos modelos escolhidos para cada refeição e, para isso, deslocava-me ao mercado de Pangim onde mantinha os diálogos possíveis com as vendedoras, que me punham a par e me davam as suas próprias ideias. Como era uma menina, também me achavam graça e, quantas vezes, me ofereciam algumas das coisas que eram novidade para mim. Lembrei-me desta longínqua memória, porque, actualmente, me foi colocado o desafio de ir à descoberta do fermento natural, uma vez que o que usava se encontra esgotado, dada a corrida dos p