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A mostrar mensagens de novembro, 2007

MIL E UMA VIDAS II

Continuando… Entretanto, tive um apelo irresistível do meu, então, namorado/noivo, e agarrei nas malinhas, apanhei um avião e desembarquei em Pangim (Goa), depois de um casamento por procuração que, naqueles tempos não dava para nos juntarmos sem as bênçãos da Santa Madre Igreja ou de um Conservador do Registo Civil!!! Os primeiros tempos não foram muito fáceis pois estranhei o clima quente e húmido, e tive de enfrentar os trabalhos domésticos a que não estava, minimamente, habituada, menina burguesa de primeira apanha. Começava o dia a estudar o meu livro de receitas predilecto (até hoje), e a encontrar no mercado os ingredientes que se adaptassem ás minhas escolhas. Felizmente, tinha gosto pela cozinha e alguma coisa tinha aprendido com a cozinheira que trabalhava em casa dos meus Pais. Mesmo assim, valeram-me as vizinhas tailandesas que me ensinaram a escamar peixe… As fardas brancas do meu marido (ele é oficial de marinha), treinaram a minha paciência! Passar a ferro não é, propria

MIL E UMA VIDAS

Num tempo de maior quietude, dou comigo a repensar a minha, já longa, vida e veio-me à cabeça a ideia de que as diferentes etapas desta existência me podem dar o direito de pensar que, desde que cheguei a este mundo, experienciei tantas coisas, tantas emoções, tantas circunstâncias, que posso concluir que neste espaço de tempo passei por várias encarnações e que tenho muita gente da minha família a viver dentro de mim!!! Senão, vejamos: Nasci em Angola, numa casa onde os meus pais viviam e onde o meu irmão mais novo também viu a luz. A minha irmã mais velha nasceu em Lisboa por ocasião de umas férias. Tive uma infância despreocupada e algo livre, pois o lugar onde estávamos permitia andar na rua sem preocupação de espécie nenhuma. O grupo de raparigas e rapazes com quem partilhava as minhas aventuras eram todos da minha própria escola. A bicicleta foi o meu meio de transporte preferido e com ela percorria seca e Meca. Trepávamos às árvores para colher as belas mangas ou matávamos a fom

SONHOS ALHEIOS

No sábado decorreu a 3ª lição do nosso curso (Sentir Energia – Processo Evolutivo), cujo tema era: Sonhos e Escrita Criativa, maravilhosamente conduzido pela Clare Johnson. O tema despertou o interesse de todos quantos participaram, tendo sido surpreendidos com o desenvolvimento das acções propostas. Cada um falou dos seus sonhos persistentes ou cuja memória prevalecia e, em seguida, foi-nos proposto agarrar num sonho alheio e começar a escrever, começando com a frase: Se este fosse o meu sonho…”. Durante oito minutos escrevemos sem parar para pensar. Não me fiz rogada e agarrei num dos sonhos que mais me chamou a atenção. Não vos conto, em pormenor, como era o sonho, que é coisa privada, mas eu escrevi assim: “Se este fosse o meu sonho começava a cantar e a dançar para que alguém me tirasse da campânula onde estava metida e que não é senão um grande ventre materno onde me encontro à espera de nascer para o mundo. Debaixo de uma bela árvore me sento com os meus pares e deixo que o meu

TEORIA E PRÁTICA

Às vezes dou comigo a pensar naquilo que o Mestre Sivananda dizia “Valem mais 100 gr. de prática do que uma tonelada de teoria” e chego sempre à conclusão de que as teorias se desenvolvem à velocidade da luz, mas as práticas custam bastante mais. Fui educada na religião cristã e tenho gravado na memória o preceito de fazer exame de consciência ao fim de cada dia para verificar se tinha, ou não, cumprido com os meus deveres morais e sociais, já para não falar em pecados… Confesso, aqui e agora, que é um costume que se mantém e que tento levar com mais leveza, até porque já não tenho o hábito de me confessar a um padre, apesar de reconhecer que o acto de contrição retirava carga ao processo. Se Deus nos perdoar, temos, necessariamente, de nos perdoar a nós próprios… No entanto, continuo a ser vigilante quanto a pensamentos e acções, reconhecendo que a minha condição de humano está longe de ser perfeita! Vem isto a propósito de, a semana passada, os meus Deuses me terem encarregado de faz