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A mostrar mensagens de 2005

NATAL - UMA PASSAGEM

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NATAL – UMA PASSAGEM O Natal é uma época cheia de contradições. Fala-se muito no espírito de Natal, mas nem sempre nos damos ao trabalho de perceber o que isso quer dizer… Ouve-se, também, falar em solidariedade, distribuição de afectos feitos prendas e abraços e, no entanto, não é, senão, a sociedade de consumo a tomar conta de nós! Houve tempo em que, mal se aproximava esta época fatídica, entrava em depressão. Sim, depressão natalícia… Apercebia-me da sensação desagradável que era pensar nas compras que tinha, por obrigação, fazer, mais a preocupação para não deixar que a saudade dos ausentes se apoderasse de mim e de toda a família. A minha vida, como tantas outras, tem sido pautada por separações físicas e emocionais, rupturas irremediáveis e toda uma panóplia de “sentires” que me sufocavam até ao limite do conforto. É verdade que temos de trabalhar o desapego e que, este, não se pode confundir com distanciamento ou frieza de sentimentos, mas….quanto custa!!! Tenho-me como uma pe

BOAS FESTAS!!!

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DE VOLTA A GOA

Terminada a comissão de serviço em Diu (5 meses), voltámos a poisar em Goa de armas e bagagens... O meu marido foi nomeado para um Aviso (navio de guerra) que patrulhava a costa. Curiosamente, fomos parar à mesma casa que, por acaso, estava livre. A minha barriguinha de mamã já se notava, para grande alegria minha! O calor de Goa era, de facto, insuportável, tanto mais que tínhamos de dormir com mosquiteiro porque as janelas não estavam protegidas com uma rede. Muitas vezes nos sentíamos impelidos a tomar um banho a meio da noite para conseguir dormir. Os mosquitos não dão tréguas!!! Para entrarmos para a cama, era preciso muita técnica... apagávamos a luz e, de lanterna em punho, levantávamos um pouco o mosquiteiro para entrar naquela “tenda”; de seguida entalávamos o dito e, com a lanterna, procurávamos algum clandestino que estivesse com segundas intenções... De outro modo, não conseguiríamos pregar olho com os zumbidos característicos, para não falar das eventuais picadas. A vida r

BENÇÃO NUPCIAL

Resolvi explorar uma gaveta onde tenho as fotografias que se vão acumulando ao longo da vida, à espera da ocasião prometida para as arranjar... Apesar de tudo, posso considerar que não estão propriamente à “balda” porque as coloquei em envelopes, mais ou menos datados e referenciados quanto à circunstância. Quando os nossos filhos saíram de casa, achei por bem dar-lhes todas as fotografias em que se apresentavam como actores principais, daí não ter sido difícil dar com esta que vos apresento e que é o único registo que temos da tal benção nupcial junto do túmulo de S. Francisco Xavier. A data que consta no verso é Abril de 1959, creio que pouco depois de ter chegado. Curiosamente, este santo católico era bastante venerado em Goa e, o seu dia, festejado tanto por católicos como por hindus. Na altura, estava o corpo à vista o que se tornou um problema pois, nos dias festivos, as pessoas tinham por hábito beijar-lhe os pés!... Perante o desgaste provocado por esse costume, a Igreja resolv

LEMBRANÇA

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LEMBRANÇA

Resolvi explorar uma gaveta onde tenho as fotografias que se vão acumulando ao longo da vida, à espera da ocasião prometida para as arranjar... Apesar de tudo, posso considerar que não estão propriamente à “balda” porque as coloquei em envelopes, mais ou menos datados e referenciados quanto à circunstância. Quando os nossos filhos saíram de casa, achei por bem dar-lhes todas as fotografias em que se apresentavam como actores principais, daí não ter sido difícil dar com esta que vos apresento e que é o único registo que temos da tal benção nupcial junto do túmulo de S. Francisco Xavier. A data que consta no verso é Abril de 1959, creio que pouco depois de ter chegado. Curiosamente, este santo católico era bastante venerado em Goa e, o seu dia, festejado tanto por católicos como por hindus. Na altura, estava o corpo à vista o que se tornou um problema pois, nos dias festivos, as pessoas tinham por hábito beijar-lhe os pés!... Perante o desgaste provocado por esse costume, a Igreja resolv

FORTALEZA DE DIU

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GRANDE AVENTURA

DIU V erdadeiramente, não se pode dizer que tive lua-de-mel de acordo com as regras, no entanto, a esta distância consigo considerar que, ir para Goa, para Diu e, novamente, para Goa, foi uma lua-de-mel no sentido em que vivíamos em permanente estado de exaltação, pois não podia ser de outro modo a existência que levávamos! Bem, o meu marido prometeu-me uma viagem aos Açores e, essa promessa ainda não foi cumprida... O Karma lá sabe... Serve o que acima disse, como introdução à etapa “DIU”. Não me lembro do tempo que levou a viagem, mas não me esqueço do cansaço com que aterrei em mais uma terra estranha e, como não bastasse, mal chegámos, fomos convidados pelo Governador para jantar no palácio onde ele, a mulher e os filhos, habitavam. Não houve jeito de recusar, claro! Lá aparecemos como pudemos e o jantar decorreu sem incidentes de maior para além da dificuldade que tive em manter os olhos abertos ao serão. Compreende-se que, em lugares isolados, quando chega alguma cara nova não se

AO SOL PÔR...

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EMBARAÇO

Aproveitando um tempo livre no meu trabalho, resolvi dedicar-me à continuação do texto que havia começado em casa e que dá seguimento às minhas estórias de vida. Dei por terminado mais um capítulo, fiz uma pausa para dar atenção a outra tarefa, esperando voltar logo para o computador. Voltar, voltei, mas num abrir e fechar de olhos, o dito desligou-se porque, dizia “ele”, tinha havido um problema que punha em risco o próprio... Nunca mais o consegui “reanimar” por mais voltas que desse. Em desespero, falei com a pessoa que me tem dado uma mão nestas ocasiões e estou certa que, na segunda-feira, a coisa fica resolvida. Quando dependemos das máquinas é preciso contar com estes percalços. Felizmente tinha gravado o que acabara de escrever, por isso, é só uma questão de tempo para que retomemos o fio à meada. Os computadores são como algumas pessoas, têm manias ou, como diz um amigo meu, dá-lhes os nervos ou alguma “virose”! Assim terminou mais uma semana de trabalho e o Natal aproxima-se

TEMPO DE ESPERA

Enquanto não chega a oportunidade para continuar a contar-vos as minhas estórias, apresento-lhes mais uma mensagem daquelas que vou captando sempre que a ocasião e a necessidade acontece. Aproveito para dizer que estou ao dispor para debater algum tema que vos interesse, aceitando o diálogo que se possa estabelecer no contexto em que esta prosa se insere. Como verificam pelo meu perfil, a minha onda é filosófica dentro do Yoga Integral. A minha experiência de vida é um reflexo dessas ideias com as quais contactei bastante mais tarde, mas que, vieram ao encontro da minha maneira de ser e de estar. A talhe de foice vos digo que o ponto em que vão os acontecimentos aqui narrados, se passa nos anos 60. Assim poderão melhor perceber a época de que vos falo. “Para que as mudanças aconteçam é preciso ser persistente e ter força para avançar e, ao mesmo tempo, ganhar confiança. Atingindo um estado de plenitude alcança-se a maturidade que nos permite fazer o que temos que fazer e ser o que o qu

VIDA NOVA

GOA Depois de 36 horas de voo, esperava-me uma vida nova que em nada se pareceria com aquela que acabava de deixar. O meu marido/noivo, tinha arranjado uma parte de casa, algures em Pangim, creio que a zona para onde fomos morar se chamava D. Bosco. A casa era de umas senhoras Tailandesas que viviam de alugueres a pessoal em comissão. Uma moradia simpática, com varanda e tudo! Contávamos com 3 divisões, dispostas em fila: sala comum com varanda, quarto e uma suposta cozinha que nem lava-loiça tinha. Casa de banho?...Bem, a casa de banho situava-se no fim da varanda que dava para o quintal e, para além do uso próprio, era lá que se lavava a loiça e, de lá, se trazia a água para uso doméstico. Na pseudo-cozinha, havia uma mesa sem cadeiras e, nas paredes, uns suportes onde ficavam pendurados os tachos e as panelas. Onde cozinhava?.... Pois... Talvez não acreditem, mas a menina de Lisboa, burguesa de raiz e transplantada para outro “planeta”, teve de aprender a usar um fogão a petróleo qu

SOLIDARIEDADE

De vez em quando “recebo” mensagens dos meus Deuses, aqueles de quem já vos falei. O contacto com energias elevadas permite-nos captar informações de utilidade pontual e que servem para muitas outras ocasiões. Partilho-as convosco pois, na verdade, não me pertencem, tal como a estória da minha vida que é um retrato como qualquer outro. Aproveito para agradecer os vossos comentários pois me ajudam a fluir as ideias que vão surgindo passo a passo. Juntos fazemos uma corrente por onde passa o Amor incondicional. Até breve. OM SHANTI SOLIDARIEDADE A partir do momento em que a consciência do “EU” se torna uma realidade, as mudanças internas fazem-se com confiança no processo de desenvolvimento, agindo cautelosamente, embora sabendo que o crescimento não pode parar! A solidariedade é um dos factores primordiais no avanço do Conhecimento e no sentido da Realização pessoal. A partilha é um acto sagrado e, como tal, tem de ser feita de modo a proporcionar bem estar e provocar sentimentos que se

A TRAVESSIA NO TEMPO E NO ESPAÇO

A TRAVESSIA NO ESPAÇO E NO TEMPO Uma pessoa nunca pode prever o que lhe vai acontecer e, se acreditarmos em Karma ou Destino, é certo e sabido que vamos fazer o que estava escrito nas estrelas. Por um lado é bom que se guarde algum mistério, senão, a vida ficaria bastante desinteressante. O que temos de viver e experimentar faz parte do mapa da nossa existência. O livre arbítrio é o que se nos oferece para que usemos escolher a forma como fazemos o nosso Caminho. Tudo isto para dizer que não me passava pela cabeça ir parar a Goa e, na verdade, foi exactamente isso que me aconteceu! Eu conto... O meu namorado lá partiu, com grande pena minha/dele. Mantivemos contacto regular através de longas missivas onde registávamos as “conversas” possíveis. Não havia telemóveis e, mesmo os telefones não funcionavam com a ligeireza de agora. Assentar no papel as emoções e os sentimentos, qual diário, fez com que permanecêssemos unidos no espaço e no tempo. Faltava o toque e som das palavras vivas, ma

CAMINHEMOS...

"CAMINHEMOS NO MUNDO EM BUSCA DO HOMEM INTEIRO PARA JUNTAR A NOSSA VOZ À SUA."

QUEM CONTA UM CONTO...

“O ENCONTRO DAS ALMAS FAZ-SE À SOMBRA DUMA ÁRVORE FRONDOSA, COM A RAÍZES BEM ASSENTES NA TERRA. OS FRUTOS SACIAM A FOME E A SEDE DE APRENDER.” CONTINUANDO... Disse que tinha começado um namoro que acabou em casamento e é isso que vos vou contar agora. Quase a fazer dezoito anos, fui acompanhar uma amiga a um baile no CNOCA (Clube de vela da Marinha, no Alfeite). Nesse tempo as raparigas não iam sozinhas aos bailes, principalmente quando havia algum rapaz na esteira... Não sou, não era, muito dada a actividades dessa natureza, embora gostasse de dançar, mas não foi grande o sacrifício pois a amizade é um valor que preso especialmente e a minha amiga estava, naturalmente, entusiasmada com a perspectiva dum possível namoro. Por acaso (será que existem?...), acabou por vir dar em casamento que, como o meu, dura até hoje! E, não é que, nesse baile, me foi apresentado um rapaz que insistiu em dançar comigo?... Já adivinharam?... Ainda hoje, passados 50 anos, continua a ser meu par, agora, na
Dia 17.11.05 NOTAS À MARGEM Tenho uma certa tendência para ser disléxica quando escrevo no computador e, nem sempre, consigo que o texto saia limpinho, mesmo com o cuidado duma revisão. Não reparem, pois, se depararem com troca de letras e outros deslizes!... À partida, sou exigente, mas estou a aceitar esta forma de comunicação com a tónica na espontaneidade, com o rigor possível e com as ajudas caseiras.

QUEM CONTA UM CONTO...

Lisboa 13.11.05 QUEM CONTA UM CONTO... Sempre funcionei por impulsos e, agora, que me disponho a criar um Blog, não é excepção. A minha Amiga Paula que, por acaso, há muito criou o seu (Era...uma...vez, se chama), nessa altura, desafiou-me para fazer o mesmo mas, volto a dizer, funciono por impulsos e, naquela fase, esta acção não fez clic na minha cabeça. Um dia destes, quando tratava da minha neta Mafalda (além de outras coisas que vão saber) sou terapeuta de Shiatsu) que anda nervosa com tantos testes na escola, “caiu-me” a ideia do Blog... Quando tal me acontece é certo e sabido que esse pensamento não me larga até entrar em acção, que é o que estou a fazer neste momento. Pelo facto de contar com uns bons anos e ter vivido muitas situações extraordinárias, acho que, talvez, achem graça às minha estórias. Quem conta um conto... acrescenta os temperos necessários para que a cena resulte interessante e a participação dos que lerem estes escritos venha a ser uma mais valia para a comun