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A mostrar mensagens de agosto, 2006

INICIAÇÃO

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Palestra Iniciaçã Celebração “Uma iniciação não é propriamente um exame. É, antes, um processo em que se trabalha a ampliação da consciência e se avança passo a passo, de etapa em etapa. A expansão dá-se em todos os sentidos, não é um caminho puramente ascendente. A verdadeira iniciação acontece quando há concordância entre a razão e a intuição e se aceitam os factos que vão acontecendo sem os questionar, apesar das dúvidas que possam surgir, sem a tentação de voltar atrás por achar mais seguro, mais fácil.” À medida que o curso avançava, íamos pensando no Mantra que gostaríamos de usar, bem como o nome espiritual que nos atraísse. No final dava-se a cerimónia de iniciação, um momento solene que mexe sempre com as emoções. Nesse dia, depois do exame escrito que nos habilitava a um Diploma de Instrutor, fazia parte cada um preparar um Prasad (oferenda) constituído por flores, fruta e umas moedas. A confecção implicava algum esmero pois era representativo da nossa própria energia. Com

NOVAS ESTÓRIAS

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CURSO DE INSTRUTORES (1985) Voltando às minhas estórias... Em 1984 seguiu para Espanha o primeiro grupo de portugueses para se formarem como Instrutores de Yoga da Associação de Yoga Sivananda de Madrid. Tanto quanto me lembro, eram uns nove. Eu não pude ir nesse ano, porque tinha o Centro a despontar, mas no seguinte já não tive falta. Nesse tempo os cursos tinham a duração de quatro semanas e, por isso, convenci o meu marido a acompanhar-nos para não ficarmos tanto tempo separados. O grupo que formámos (foto acima), meteu-se a caminho Cervera de Pisuerga no Norte de Espanha. Pernoitámos em Castelo Branco em casa da mãe de uma participante (a Teresa Pissarra) e, pela madrugada, rumámos até ao nosso destino. Lá descobrimos a aldeia, muito simpática por sinal e aterrámos uns quilómetros adiante, numa antiga Pousada da Juventude do tempo do General Franco, que foi reactivada para receber o nosso curso. A primeira notícia que tivemos à chegada foi que tínhamos de carregar com as camas par

OS ELEMENTOS, DIA A DIA

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As minhas estórias passam muito pelas vivências que elas representam. Cada momento, olhado em retrospectiva, dá-me sempre que pensar na natureza dos acontecimentos e sua influência na evolução pessoal e colectiva. Não é por acaso que vivemos determinadas experiências e conhecemos quem conhecemos, daí estes intermezzos filosóficos que vos podem dar ideia dos meus “sentir” e dos meus “estar”. Quando mergulhamos na nossa Essência, libertos do corpo físico, das preocupações, angústias e medos, deparamos com a nossa realidade – aquilo que somos, porque somos e para onde caminhamos. Tudo fica mais claro! A compreensão das coisas torna-se natural, como naturais são os elementos de que somos feitos: Terra, Água, Fogo e Ar. Mexer o corpo, conhecendo cada músculo, cada articulação, respirar cada respiração, transformada em “Prana”, é algo transcendente. Ouvir o bater do coração ao ritmo do EU, é sentir que o silêncio é, de facto, a música da alma. Através da prática do Yoga, como exercício físi

ALEGRIA DE VIVER

A alegria de viver manifesta-se em cada gesto, em cada palavra pronunciada, em cada acção concretizada através do Amor incondicional, quando trabalhamos no sentido duma materialização consequente, reconhecendo as nossas capacidades e projectando-as de forma plena e generosa com a consciência que nos dá uma Sabedoria própria, assente na humildade e no dever de ensinar para que possamos aprender. É importante meditar e entrar em contacto com o Eu Superior, mergulhando fundo até descobrir o que está para além das emoções geridas pelo Ego, observando o mundo sob outro prisma e fazendo das opções tomadas um acto de plena consciência. As mudanças podem abalar os avanços iniciados, mas a necessidade de evoluir torna-se um impulso irresistível. O bom senso deverá, apesar de tudo, imperar e as emoções descontroladas hão-de ser harmonizadas até se atingir um estado de verdadeira calma e serenidade. A ponte entres estados de consciência (vigília e alterado), faz-se escutando a voz interior que no

CONHECIMENTO E ORDEM

Uma mente pura tem a consciência de que Corpo, Mente e Espírito é uma e a mesma coisa. Sendo assim, não se deixa perturbar pelos desejos feitos pensamentos, consegue distinguir a Verdade da realidade e sabe que a Essência está para além da aparência. Para chegar a este Conhecimento tem de se entender que os desejos provocam emoções, expectativas e desilusões e que é preciso uma ordem e uma disciplina que estabelece os alicerces da liberdade, desenvolvendo a sensibilidade que é a verdadeira inteligência, o sentir que se manifesta em cada acção, cada gesto. O Conhecimento é a fonte inesgotável das experiências vividas que deixam a sua marca indelével. A informação que chega é importante, mas convém ter em conta que há que discernir, eliminando o que não encaixa no sentir. A evolução dá-se na continuidade do estabelecido e o pensamento fluirá, dando origem aos desejos que permitem estar disponível para outras tantas experiências que farão parte do processo em que se está inserido. O esfor