CONHECER A VIDA

À medida que avançamos na idade, tomamos cada vez mais consciência do efémero que é o tempo e como as memórias vão sendo um lastro que nos acompanha de uma maneira ou de outra. Vive-se cada momento como se fora o único e, quem sabe o último, com a intensidade própria da sensibilidade humana. A arte de viver implica sentir as emoções e descodificá-las a cada passo, entendendo a sua natureza específica que pode ser uma maneira de orientar a sequência dos acontecimentos que fazem parte da existência.
As mudanças que se vão operando no caminho traçado, permitem reconhecer que o universo não é estático, que as etapas se vão sucedendo e que é preciso capacidade de adaptação às circunstâncias que nos possam levar aonde temos de ir e fazer o que temos de fazer, com a sabedoria que a experiência nos alimenta. Olhamos o passado como reserva que deixa escrita a nossa história e que nos lembra a validade de tudo quanto fizemos e ultrapassámos.
Não sou saudosista, mas preciso de tocar o meu passado de maneira a buscar alento quando o ânimo soçobra ou quando preciso entender a razão de algum comportamento. É que estamos sempre a repetir sensações, vivências e emoções que foram deixando as suas marcas… O corpo manifesta-se e reproduz o toque antigo, mesmo que a situação não seja aparentemente a mesma. O sentimento é que é semelhante e, por isso, acorda essas memórias que nos dizem muito, permitindo avançar com compreensão e a prova de que a natureza é, verdadeiramente, sábia.
Conhecer a vida é ter os pés assentes na terra e a cabeça nas nuvens… Fluindo com as circunstâncias e usufruindo da energia que o universo nos oferece!

Fiquem bem, chegou a Primavera!!!!!!!!


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