CURIOSIDADE

 

                                                                        


CURIOSIDADE

Quando entrevistam crianças na televisão há o costume de lhes perguntar o que queriam ser quando fossem grandes, e constato que as ditas crianças raramente sabem responder… Com esta ideia, veio-me à lembrança tentar pensar o que responderia se me tivessem feito essa pergunta na minha infância. É verdade que, nesse longínquo tempo, as crianças não tinham a importância que têm hoje, com um papel relativamente apagado, e a não se preocuparem com o nosso sentir ou desejo! Os pais tinham por hábito conduzir os filhos para os caminhos que lhes parecessem mais adequados, a não ser que houvesse alguma vocação nitidamente manifestada.

Tanto quanto me recordo, a única coisa para a qual tinha vocação era andar de bicicleta, brincar com os meus amigos e visitar as senhoras que tinham sido mães… Talvez Isso fosse uma premonição, pois o meu desejo de ser mãe esteve sempre presente, a partir do meu casamento.  Deixei-me levar pelos acontecimentos que a vida me foi apresentando, aceitando as condições ao dispor, e a viver as circunstâncias de acordo com o que estivesse ao meu alcance. O instinto maternal foi/é a minha imagem de marca, pois me dediquei à tarefa de criar os filhos, cuidar de alguns netos, e a receber no meu colo os alunos que me foram batendo à porta quando a vida me levou a partilhar o que o Yoga me ensinou, a partir do encontro que tive na primeira aula com a D. Maria Helena de Freitas Branco, no Ginásio Clube Português.

Embora hoje seja, por algumas pessoas, tomada como mestre, na verdade não me sinto como uma professora, mas alguém que sente necessidade de partilhar o que de bom me serve, tendo percebido que ninguém ensina nada a ninguém, ao ler um dia, que se quero aprender tenho de me sentar à beira dum mestre! Na verdade, aprendemos por imitação, até termos a condição de assumir os conhecimentos necessários, para podermos ser o que temos de ser. A autossuficiência será então um valor estimável, pois nos fará sentir livres, com uma consciência suficientemente ampliada, sendo assim possível seguir pelos caminhos que nos servem, e a servir os que a nós estão ligados. Dar e receber na mesma medida é a pedra de toque, pois só podemos dar o que nos sobra daquilo que recebemos. O gosto pela partilha faz parte desta ideia, como garante duma tranquilidade e duma paz, que se manifesta em todas as acções, todos os momentos que a vida nos vai oferecendo, como forma de aprendizagem, e também, a perceber como é bom estar só, mas não sozinho!

Uma curiosidade que, aqui e agora, partilho com os que, por ventura, vierem a este encontro…

                           OM SHANTI OM

                        

Comentários

Anónimo disse…
❤️🫶🏽
ARC disse…
A expressão do Amor LYTD

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