PACIÊNCIA

                                                                       


PACIÊNCIA

Dizemos às vezes, que a paciência não se compra na farmácia, o que é pena!... Confesso que a paciência não é o meu forte, e tento estimulá-la vezes sem conta, sabendo ser, por vezes, em vão essa acção, ficando com alguns problemas de consciência quando essa manifestação se apresenta, com premência! Os ritmos pessoais variam bastante, sendo difícil entrar numa sintonia para que possamos nos manter em harmonia, a cada passo.  O meu pensamento é, normalmente, um bocadinho acelerado, bastante insistente, não se comparecendo com qualquer espera. Virtude ou defeito… Quem sabe?...

Mas a paciência, sendo uma virtude, devia fazer parte da nossa capacidade de gerir os momentos, aprendendo a esperar, sempre que a ocasião o exige. Quando tenho consciência de que devo respeitar outros ritmos, faço umas respirações, retalio-me, fazendo uma pausa. Na verdade, penso que este não será só um problema meu, pois acho que é difícil lidar com os diferentes ritmos dos que nos acompanham em cada circunstância.

Neste contexto, também é bom considerar a paciência quando gostaríamos de ajudar quem achamos que precisa dessa ajuda, e percebemos que a resposta não é animadora!  Tive de aprender a perceber quando é que havia abertura suficiente para que a recepção fosse a desejada. Temos de sentir que seja o momento adequado para que se possam dar as trocas satisfatórias para ambas as partes.  Só é possível receber ajuda quando estamos prontos e disponíveis. Prontos, porque temos os conhecimentos necessários para entender, e disponibilidade para receber as informações, tanto quanto as ajudas. Quem está em condições de dar, também tem de ter a humildade necessária para se resguardar e ficar atento para poder escolher o momento certo para aquela partilha. No entanto temos de concordar que a paciência tem os seus limites, por vezes é preciso respirar fundo e avaliar até que ponto a nossa paciência não é uma forma de fuga, quando o que temos de enfrentar nos pode parecer fora do nosso alcance, e nos reservamos como forma de segurança ou, talvez, respeito pelo o outro!

Ser e estar em harmonia é um processo exigente, que requer muita atenção, com a vontade de acreditar que vale a pena, visto que nada nem ninguém me pode afectar, quando sei que é importante estar bem, e que é, verdadeiramente, o meu direito.

                      OM SHANTI OM

                    

Comentários

zakyia disse…
Tão verdade! uma palavra simples e de tamanha importância, mas tão difícil a sua gestão. beijinhos

Mensagens populares deste blogue

SAUDADES

NOVO ANO

INSPIRAÇÃO