INSPIRAÇÃO

 


 

INSPIRAÇÃO

 Há uns dias que andava a matutar sobre a proximidade do Natal, uma quadra que mexe com as minhas emoções de várias maneiras e, por isso, levo um certo tempo a preparar-me para o evento, porque o prazer do encontro familiar, mais a relação com o grupo de almas em que me insiro, desperta em mim a necessidade de montar um esquema que envolve muita inspiração. Isto para dizer que o gozo do Natal implica agitar a minha criatividade para criar postais de Boas Festas a partir duma árvore de Natal que pinto, para depois fotografar e a servir de enfeite na sala, uma vez que deixámos de usar o habitual pinheiro, quando as crianças já tinham deixado de o ser!

Quando os meus pensamentos se começam a agitar, significa que tenho de deitar  mãos á obra, e foi isso que aconteceu hoje de manhã. Já andava a magicar com ideias para a tal árvore, e assim que acabámos as tarefas domésticas reuni todo o material que eu achei importante ter à mão, e preparei-me para a grande azáfama. É preciso dizer que, normalmente, tenho uma ideia base, mas nunca posso dizer como vão acontecer os trabalhos, visto que não sou nenhuma artista, embora a arte faça parte da minha vida, sobretudo na capacidade de encontrar soluções para os problemas do dia a dia, e em algum jeito para recriar as fotos que uso nas mensagens que gosto de partilhar.

É muito fascinante entrar neste jogo, em que me deixo levar e aos materiais disponíveis,  que me levam a fazer o que é preciso para que nasça a  tal imagem, que represente o momento e corresponda à ideia que me levou a concretizar esta acção. Tenho mesmo de confiar no processo, porque não tenho nenhum esquema, nem sei muito bem como vai acontecer o resultado, não podendo corrigir, nem apagar o que vou fazendo. É verdade que tenho sempre a hipótese de deitar fora o que comecei, mas, normalmente, isso não acontece,  confio e espero que o resultado seja o mais satisfatório possível, apesar da sua singeleza e algumas imperfeições!

O meu marido, dá-me alguma assistência, naquilo que está ao seu alcance, e o seu entusiasmo, ao ver a obra nascer, é muito gratificante, embora tenha de ser eu a sentir-me feliz, e até admirada com o que vai surgindo, ao mesmo tempo, grata por estar a viver aquele momento, aquela oportunidade de me deixar levar, guiada pelos deuses que me assistem. A criança que há em mim diverte-se e regozija-se quando a amostra se torna significativa, na sua simplicidade, onde fica impressa uma vibração, aquela que acordou em mim a necessidade de embarcar nesta pequena aventura. Estou certa que esta energia se propagará, tocando todos aqueles que vibram nesta onda, em que o amor incondicional é o factor primordial, uma vez que o que importa é ser e estar com um sentir profundo, uma consciência plena, ligada à essência de que somos feitos e o que for, será, sós, mas não sozinhos!

Na altura própria poderão ser testemunhas desta accção, que aqui e agora acabei de vos contar, quando terminar a sequência destes trabalhos natalícios, pois que ainda falta algum tempo e outras composições me esperam…

               OM SHANTI OM

                                                                                       


 

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