À DESCOBERTA



VISITAS

As almas curiosas buscam no encontro respostas às questões que ainda não sabem pôr. Precisam de ajuda, suave e firme, para poderem ascender às mais altas esferas, aí onde as respostas não têm perguntas. BASTA OLHAR. BASTA VER. BASTA SENTIR!!!”

No subconsciente jaz o Conhecimento adquirido ao longo dos tempos. Essa Sabedoria implícita é importante para levar a cabo o nosso processo de transformação que seguirá de acordo com a necessidade de avançar, mantendo o equilíbrio e a serenidade. As respostas virão sem que sejam formuladas perguntas. Somos aprendizes da própria Vida e como Mestres passaremos o testemunho com a responsabilidade própria de quem sabe que os caminhos se abrem à medida da nossa disponibilidade. O êxito é a resposta a um dever cumprido no sentido da União (Yoga) dos opostos – atracção e repulsa (Raga e Devesha). O Amor incondicional é a realidade assumida sem medo, prova de tolerância e aceitação das diferenças.
Serve esta introdução para continuar com as minhas estórias, centradas agora, no Centro que inaugurámos em Lisboa. Tal como tinha acontecido em Almada, foram passando por lá muitas pessoas que nos vieram ajudar à descoberta de novos caminhos e respectivas ferramentas que possibilitaram um grande trabalho de auto-conhecimento. Um leque variado de personagens que se dispuseram a partilhar connosco a sua experiência e os seus conhecimentos. O ano de 1987 foi particularmente profícuo nesse aspecto. Uns vieram falar-nos de Nutricionismo, outros de Grafologia (estudo da letra), “Touch for Health” (uma mistura de quinesiologia e quiroprática), Radiestesia (uso do pêndulo) e Regressão, sem esquecer visitas de suamis (Mestres de Yoga) que nos levaram a mergulhar mais fundo na senda da espiritualidade.
A Terapia Regressiva teve grande impacto na minha vida e no meu trabalho. O Hipnoterapeuta Steve Macgruder era um americano globetrotter que tinha por hábito ficar em casa das pessoas que se dispunham a acolhê-lo enquanto atendia voluntários para viverem a experiência de andar para trás no tempo. Como não entendia patavina de português, um aluno e eu (não podíamos fazer duas seguidas por ser extremamente cansativo e exigente em termos de cuidado e atenção), funcionámos como tradutores intérpretes sempre que a necessidade a isso obrigava. Como as sessões eram, normalmente, muito longas ele não atendia senão duas pessoas por dia, para além do facto de algumas terapias resultarem bastante fortes emocionalmente. Foi um corrupio que se estendeu por mais de um ano; ocasião para aprendermos a técnica e vivermos experiências próprias que nos marcaram sobremaneira. Posso dizer-vos que ainda hoje tenho na memória as regressões que ele me fez. Só bastante mais tarde me atrevi a pôr em prática o que havia aprendido, dado que as aulas de “Hatha Yoga” me ocupavam bastante, mais a direcção do próprio Centro que se ia desenvolvendo e afirmando como escola de vida.
Hoje em dia, as terapias que me foram chegando ao conhecimento fazem parte integrante da minha vida e, como o Homem é um todo, passámos a chamar a estes atendimentos individuais, Globoterapia.
Entretanto, todos os anos seguiam para Espanha pessoas interessadas em se formarem como Instrutores de Yoga. Foram muitos os que se decidiram a experimentar viver em regime de internato e a trabalhar intensamente todas as matérias e práticas dos cursos ministrados pela Associação de Yoga Sivananda de Madrid, que tinham a duração de quatro semanas. De todos quantos se atreveram, creio que muito poucos sobreviveram à partilha dos conhecimentos adquiridos. Dar aulas de Yoga não é moleza não!... Passar a palavra e fazer sentir que nós não somos o corpo, nem tão pouco a mente, é um trabalho que implica paciência, persistência e muito auto-perfeiçoamamento; nem todos aguentam o que é preciso para ter credibilidade com o seu próprio desenvolvimento. Uma das heroínas, Maria de Fátima Frias (Durga), de seu nome, ainda trabalha connosco, tendo vencido obstáculos sem conta para, hoje, gozar o respeito e o Amor de quantos aprenderam a reconhecer os seus méritos. O Grupo de Instrutores que foram crescendo connosco, vão dando provas de grande generosidade e empenho, dando a sua contribuição incondicional à escola que os viu nascer. Tenho um imenso orgulho no trabalho que apresentam dia a dia, oferecendo aos alunos o melhor de si. Cada um com a sua especialidade e capacidade, têm desenvolvido o carácter único deste espaço que tem como lema o respeito pela individualidade, com a consciência de que fazemos parte dum TODO, células dum tecido, perfeitamente cientes do seu papel. Trabalhamos em perfeita sintonia porque sabemos qual a frequência vibratória em que estamos inseridos e a respeitamos naturalmente. As informações passam de forma implícita e manifestam-se nas acções, explícita e harmoniosamente. Esta é uma grande conquista, fruto de muito trabalho, muitas mágoas, muitos gostos e desgostos e a alegria imensa de sentir que tem valido a pena lutar pelo ideal de solidariedade e amor incondicional que é o nosso. Considero-me uma privilegiada por pertencer a este Grupo de Almas e não me canso de agradecer aos Deuses que me “empurraram” para este caminho e esta missão que, apesar de difícil é muito gratificante.
Fiquem bem!

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