REVOLUÇÃO



No dia 25 de Abril, dei por mim a pensar que fiz uma revolução pessoal no mesmo ano, mas em Janeiro, quando me encontrei com o Yoga, ou seja, há 33 anos e pouco! Esse encontro deu-se numa altura em que atravessava uma etapa da minha vida um tanto ou quanto complicada. Os meus Deuses, como sempre, encarregaram-se de me apontar um caminho e lá me deixei levar pela curiosidade exacerbada pelas informações que me passou quem se já tinha aventurado por aí. Logo que comecei a frequentar as aulas, deu para perceber que tinha entrado num mundo que assentava que nem uma luva na minha vibração. Claro que não entendi logo onde me estava a meter... Sentia-me bem com a prática e com as pessoas e até achava essa sensação estranha e um tanto inexplicável, pois não alcançava muito bem a razão do bem-estar que sentia depois de cada sessão. Estava habituada a fazer exercício físico, mas o que o “Hatha Yoga” me provocava ia mais além.
Com a prática, o convívio e algumas (ainda poucas) leituras, fui-me sentindo cada vez mais em casa e quando chegou o 25 de Abril foi dois em um! Até essa data estávamos proíbidos de mencionar a palavra “espírito”, visto que era associada a espiritismo, considerada a sua prática um pecado pela Igreja Católica de então. Com a liberdade foram chegando diferentes filosofias e religiões que se puderam manifestar sem receio e a partir daí prossegui com o meu desenvolvimento pessoal e espiritual, abrindo as portas que se apresentavam apetecíveis. Fiz muitas experiências, muitos contactos proveitosos que me permitiram descobrir o meu SER e o meu ESTAR, a minha própria individualidade. Não foi fácil, nada fácil mesmo, já vos digo. Cada passo dado, novos obstáculos a ultrapassar, uma revolução nem sempre pacífica, mas sempre conseguida pela determinação que me assiste e, talvez, porque o que despertou em mim era mais forte que os impedimentos ou as dificuldades. Posso dizer que, ao fim destes anos todos, gozo de uma estabilidade que me deixa avançar com a certeza de que os meus Deuses não me falham quando preciso de ajuda ou de conselho.
Continuo a sentir-me revolucionária e descobridora com a vontade que, felizmente, me assiste pois ainda há muito para fazer na comunidade que me foi atribuída. Conto, também, convosco neste espaço sideral onde as Almas se encontram sem reservas nem preconceitos. Obrigada.
Fiquem bem!

Comentários

nina sem medo disse…
Há revoluções que se passam no silêncio do nosso interior e que nos levam a grandes saltos na nossa evolução, para mim o Yoga foi uma dessas revoluções.

bjs
hpinto disse…
Sou uma das suas recentes "alunas" e comovi-me com tudo isto que li. Sinto que de alguma forma estou a passar por uma revolução deste género actualmente. Não sei se tenho a sua força para ultrapassar alguns dos obstáculos que se me apresentam mas uma coisa é certa, encontrei (por enquanto só às 4ªs feiras) um local onde me sinto bem, em casa, sem pressões nem cobranças, onde consigo relaxar e ir de encontro a mim própria e à minha paz.
Beijinho grande e até 4ª ;o)
Lena

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