TRABALHOS









A primeira parte da tarefa que é a recolha dos textos que me pareceram capazes de preencher um conjunto de ideias para a edição dos meus contos, já terminou. Estão em processo de “fermentação”, à espera que me dê na cabeça voltar a olhá-los e eliminar aqueles que achar que não acrescentam alguma coisa ao conjunto que pretendo que seja um apanhado da minha vida, com as experiências que poderão ser um espelho a quem as ler ou uma leitura agradável, sem pretensões nem intenção de ensinar o que quer que seja a alguém. Não sou escritora, apenas uma pessoa que se serve da escrita como mais um meio de comunicação com os seus semelhantes, todos quantos estão nesta onda vibracional em que nos encontramos.
Os anos de vida que conto e os trabalhos em que andei, e ando metida, permitem-me tirar partido do que aprendi e continuo a aprender, nos relacionamentos humanos e na minha própria capacidade de ir gerindo emoções mais ou menos controversas, algumas fortes e na sua maioria indeléveis. As memórias foram-se tornando um manancial de informações que se transformam em sabedoria, sempre que a minha consciência se amplia e lhes dá a devida importância. De cada vez que releio alguns dos textos, consigo voltar a sentir as impressões deixadas por aquele momento, expressas nas palavras que procuraram dar forma aos sentimentos vividos em cada instante, com a distância adequada e o pragmatismo necessário para que este manual não se torne num olhar egocêntrico. A maturação desta ideia é fundamental para que me possa sentir confortável em mais uma exposição do meu profundo EU. Às vezes luto contra pensamentos que me mostram caminhos de retorno a um estado anímico que me faz apetecer baixar os braços e meter-me na concha, numa demonstração de, talvez, preguiça ou de não dar grande importância ao assunto... Para logo acordar e pensar que há um compromisso assumido, inerente a esta acção.
Tenho como perspectiva a vontade de ir arrumando as minhas estórias de vida contando estes contos de acordo com o desejo de alguns amigos que se acham disponíveis para os guardar como lembrança do convívio que fomos mantendo ao longo dos anos e que comigo viveram momentos extraordinários. São eles, mais do que eu própria a obrigarem-me a arregaçar as mangas e a avançar com mais este projecto. Tal como os nenúfares da imagem, vou flutuando ao sabor das ideias e das vontades que possam surgir a cada passo, sempre com aquela máxima de que o que conta é o pensamento-desejo, pois a intuição está na base da maioria dos processos em que me envolvo ou estou envolvida. Primeiro as ideias surgem, depois a sua concretização vai ganhando forma sem expectativa nem preocupação de tempo. Os meus Deuses falam sempre mais alto...
Aproxima-se o fim do ano lectivo e a pausa no Verão é ocasião soberana para deixar assentar os sonhos que vou dirigindo, consciente ou inconscientemente. O futuro é naturalmente, e só, provável!
Fiquem bem!

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