FINITUDE, UMA PALAVRA, UMA IDEIA...

 



FINITUDE, UMA PALAVRA E UMA IDEIA...

 Lidar com a finitude é um processo que desencadeia uma série de emoções e, por vezes, altamente contraditórias. Ficamos contentes quando o que estava mal se acaba ou melhora e, por outro lado, custa-nos aceitar eventos que fazem parte da vida ou consequência de circunstâncias, como a morte de amigos ou familiares, separações imprevistas e os afectos que desmoronam, sem aparente motivo. A finitude é incompreensível aos nossos olhos e, no entanto, temos uma certa consciência de que os fins, realmente, não existem, pois tudo é eterno neste universo em que nos encontramos, e a tentar conviver com a própria ignorância e as limitações dum entendimento racional e emocional, que faz parte da nossa terrena condição. O que escapa ao nosso poder, assusta-nos e faz-nos sentir impotentes, perante forças maiores e os mistérios da vida, ela mesma! Entender isto é a forma de jogarmos na nossa existência para que seja possível sobreviver, com serenidade e alguma paciência, alimentando a esperança, para que se torne viável assumir a responsabilidade de sentir que o poder está, realmente, em nós, apesar de tudo.

Aceitar as circunstâncias e os factos pode, muito bem, ser a maneira mais inteligente de tentar conviver com a própria ignorância e as limitações de entendimento racional e emocional, que fazem parte da nossa terrena condição. O que escapa ao nosso poder assusta-nos e faz-nos sentir impotentes perante forças maiores e os mistérios da existência. As razões que vamos encontrando para aceitar os eventos que constam na vida, são pequenos trunfos com que jogamos na cartada da existência, para que seja possível sobreviver, com alguma serenidade e muita paciência, alimentando a esperança de que seja viável assumir a responsabilidade de sentir que o poder está em nós, apesar de tudo! A finitude é incompreensível aos nossos olhos e, no entanto, temos uma certa consciência de que os fins, realmente, não existem, pois tudo é eterno no universo em que nos encontramos e em que conseguimos seguir, pelos caminhos propostos e aceites, confiando nas ajudas espirituais ou terrenas que nos chegam a pedido ou generosamente.

Acreditar nas entidades superiores que pairam no nosso espaço, é um factor a ter em conta. Sós, mas não sozinhos e a vogar neste espaço sideral onde navegamos, fazendo de cada dia um dia em pleno, respirando profundamente para, pelo menos, manter uma boa oxigenação no sistema básico e fazer fluir o sangue que nos corre nas veias. A saúde física é fundamental e indispensável ao controlo mental, necessário para que a finitude saia das nossas preocupações imediatas. Tudo o mais, que importa? A finitude poderá ser assim, apenas uma palavra e uma ideia filosófica, com a disponibilidade adequada para cada momento!

 OM SHANTI OM 🕉

E em audio...

https://www.dropbox.com/s/2t61fxgwg40uv9v/FINITUDE.m4a?dl=0

Comentários

Manuel Costa disse…
Excelente texto! Houve alguém, não me recordo já quem, que disse que a morte, como exemplo de finitude, é um desagradável problema técnico...A humanidade sempre teve dificuldade em aceitar a finitude e lida muito mal com isso, esquecendo-se que no Universo nada é permanente, nem as estrelas! É sempre bom pensar, sem se perder tempo com as aquelas perguntas intemporais, que somos apenas pó das estrelas, vagueando no espaço da (in)finitude!

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