MORTE E RESSURREIÇÃO

 

MORTE E RESSURREIÇÃO

O despertar da consciência

 

A dissolução do corpo é como um sonho. Dormir é acordar e morrer é nascer cada dia. Quem nasce começa a morrer e quem morre começa a viver.

Suami Sivananda


O tema da morte sempre desperta um interesse, uma curiosidade, no mínimo intrigante, se pensarmos que este assunto não nos dispõe bem. No entanto, a morte é a única certeza que temos, podemos por isso, dedicar-lhe a nossa atenção.

Tal como o mestre nos diz, dormir é morrer e acordar é nascer e para nascer impõe-se a morte. Aqui, já as perspectivas são diferentes, pois o nascimento é, ele próprio, um mistério que nos espanta. Para que a vida desponte, muitas mortes se deram e, neste ciclo em que estamos inseridos, não sairemos enquanto não se completar o que for o último.

A identificação com o corpo, dá origem a sofrimento e à angústia da ideia de morrer. A dissolução do corpo impressiona-nos, pois, a ânsia de eternidade, não nos deixa aceitar que esse desaparecimento seja, realmente, o fim. Daí que, desde sempre, as religiões e as filosofias se tenham dedicado a estabelecer ordens e mitos a este respeito. Segundo os materialistas o nosso papel termina com o último suspiro. Para os religiosos são concebidas várias alternativas: reencarnação, ressurreição no fim dos tempos ou outras tantas ideias. Mesmo aqueles que tomam a morte como fim de carreira, preocupam-se com o tema e não se cansam de afirmar a sua perspectiva.

A vida depois da morte é uma constante nas diversas doutrinas, mesmo que apresentadas sob diferentes terminologias. Basicamente, todas falam da existência de três corpos ou veículos (físico, astral e causal), graças aos quais se vive noutros tantos mundos ou níveis, ao mesmo tempo. O único que é tangível é o corpo físico, os outros são de natureza subtil, embora possamos senti-los de alguma forma. O corpo causal permite-nos experimentar as emoções, os desejos, os sentimentos de todo o tipo, o astral, pensamentos e demais actividades mentais. Cada um destes corpos é composto da energia do seu próprio universo, tal como o corpo físico é construído com a matéria do mundo em que habitamos. Qualquer destes corpos se expressa duma forma ou de outra, através dos órgãos vitais. Isto significa que existem mundos invisíveis, para além do palpável, onde nos movimentamos. Esses mundos subtis têm uma afinidade com os nossos corpos também subtis, e é nessa base que se aceita a existência da vida para além da morte (alma).

Os corpos astral e causal, manifestam-se por meio do físico e mantém-se unidos graças a um campo energético, de natureza física, mesmo que impercetível pelos sentidos a que se chama corpo vital. No momento da morte, o corpo vital desliga-se do físico, arrastando consigo os outros dois e, essa separação, provoca uma perda de peso, detectada em várias experiências efectuadas.

O cientista e estudioso destas matérias, Raymond Moody, também autor do livro "A Vida Depois Da Morte", diz que falamos da morte empregando metáforas, referindo-se ao tempo e ao espaço, como "além" ou "infinito". No entanto, feitas algumas investigações, chegou à conclusão de que morrer não é senão ampliar a consciência!

Importante é, na verdade, despertar a consciência e participar activamente na nossa evolução e ser uma boa ajuda para a evolução dos que connosco contactam, directa ou indirectamente. Por detrás de cada acção está um pensamento, e que esse seja de vida plena. A morte será então, apenas, uma passagem!

OM SHANTI OM





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