DOR DE ALMA, DOR DE CORPO
DOR DE ALMA, DOR DE CORPO
- CÓDIGOS E LINGUAGEM -
O corpo manifesta-se a todo o momento. A sua fisiologia
é uma demonstração concreta da matéria subtil que se apresenta para as acções
específicas necessárias à evolução cuja continuidade é inevitável, embora tome
várias aparências. Estamos sujeitos às regras do Universo e, com o nosso livre
arbítrio mais não podemos fazer do que seguir pela senda mais pacífica, mais
adequada. A passividade e o modo próprio de actuar significa que vamos fazendo
os esforços necessários para nos moldarmos às circunstâncias com a capacidade
suficiente e sem grandes desencontros. O corpo é o veículo, a ferramenta das
acções que se praticam no dia a dia. A sua mobilidade é essencial para o bom
desempenho das tarefas propostas. A alma expande-se e enche o corpo de anseios.
Os impulsos criadores são absolutamente essenciais, são o motor do desenvolvimento.
Quando a dor acontece é indispensável estabelecer o diálogo com o corpo e
entender as suas razões. A linguagem não é linear e os códigos expressos estão
sujeitos a inúmeras interpretações. A subjectividade faz-se num campo de
suposições que se alargam à medida das queixas e estas, por sua vez, encontram
eco aqui e ali. Todos emitem ideias sobre o assunto. Algumas bem abalizadas e
cientificamente justificadas, mas no fundo cada dor tem a sua história que
começa onde acaba a harmonia interior ou o cansaço se instala. As defesas caem
na dura batalha da vida mesmo se, como vencedores cantarmos vitória. A alma
respira de alívio enquanto que o corpo guarda na sua memória as marcas de todas
as lutas.
A ampliação da consciência é um passo para compreender a
relação alma-mente-corpo, corpo-mente-alma.
A concentração funciona como motor do conhecimento, fazendo disparar os
mecanismos em que a afirmação tem um papel preponderante. Entenda-se que o homem
é constituído por três corpos: corpo
físico, corpo astral e corpo causal. O corpo físico e os seus cinco
elementos: terra, água, fogo, ar e éter,
estão sujeitos às cinco etapas da existência: nascimento, crescimento, mudança, decadência e morte. O corpo astral é, realmente, o mais importante
em termos da actuação na matéria. Contém vinte e cinco elementos assim
distribuídos: cinco órgãos de acção
(boca, mãos, pés, órgãos excretores e sexuais), cinco energias vitais
(respiração, digestão, circulação, sono e excreção), cinco órgãos de percepção
(olhos, ouvidos, nariz língua e pele), quatro princípios mentais (mente
consciente, subconsciente, intelecto e Ego. O corpo causal é a base dos
outros corpos, o físico e o astral. O corpo astral e o corpo causal são
inseparáveis até à última encarnação. Quando a morte ocorre, os dezanove
elementos do corpo astral extinguem-se, restando as experiências de todas as
encarnações precedentes. Após a última encarnação, o corpo astral extingue-se
também, restando apenas o corpo causal ou a essência.
Pode-se, então, depreender a importância da relação que
existe entre os corpos que fazem de nós um todo, ligados à fonte de todas as
coisas. As experiências que se vão vivendo transformam-se no verdadeiro conhecimento
que cimenta a evolução estabelecida pela vontade. As dores são o trilho do
desapego, as marcas da individualidade que nos assiste e que é a nossa escolha.
Os objectivos a atingir tornam-se cada vez mais nítidos, as questões que se
põem são exercícios programados para que o caminho se faça com determinação e
segurança. Uma mente concentrada está perfeitamente equipada para interpretar a
realidade temporal de modo a ajustá-la às suas necessidades. A intuição e a
razão em equilíbrio. Toda a informação recebida é entendida, a razão discrimina
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