MEDITAR, COMO E PORQUÊ




 MEDITAR, COMO E PORQUÊ


Quando oiço falar de meditação vem-me à memória o tempo em que, pela primeira vez, esse assunto entrou na minha vida e me falaram dessa acção, nos primeiros cursos de yoga que fiz em Inglaterra, nos idos 70/80. Confesso que, nas primeiras vezes que nos puseram em posição para começar a meditar, as minhas pernas não acharam muita graça e tive de ir encontrando a melhor forma de aguentar, com a ajuda de uma almofada, até encontrar a posição ideal. A meditação remetia-me para a ideia de pensar em coisas agradáveis ou associar a um estado transcendente reservado a monges, portanto inacessível ao comum dos mortais. Só com a continuação e a ajuda de alguns mestres, vim a perceber exactamente o como e o porquê desta prática tão importante, que passou a fazer parte da minha vida para sempre, sentindo que medito de cada vez que me encontro envolvida num objectivo, ou pelo simples prazer de estar naquele silêncio que tanto me diz!
No fim, meditar é simples, se pensarmos que a única coisa que é preciso é ter a noção de que o pensamento é instável, e para o acalmar basta encontrar o ponto ideal de concentração e tomar consciência do corpo e das suas manifestações com cada sentir. Dando atenção e servindo-nos da respiração, estabelece-se uma tranquilidade e uma visão mais clara do que se passa na mente, sendo possível entrar em diálogo com as entidades que me assistem e a quem chamo, carinhosamente, os meus deuses. O segredo da meditação está realmente na atenção que conseguimos dar ao momento, e deixar que a energia flua naturalmente e nos dê as respostas às perguntas que não fizemos ou que estavam suspensas, por algum motivo.
Hoje em dia, considero que a vida é um estado de meditação sempre que nos entregamos à circunstância, e a nossa atenção estiver completamente dedicada ao ponto de encontro das ideias que chamam por nós de forma insistente. A atitude primordial é sentir que estamos prontos e disponíveis, deixando que os acontecimentos façam o seu papel, acreditando que vale a pena confiar na intenção de cada acção ou ideia. O pensamento é, na verdade, o poder que nos assiste e nos permite agir e concretizar o que desejamos, precisamos ou que alguma coisa ou alguém chama por nós, considerando que é uma das melhores formas de repousar. Considero, no entanto, que devemos ter em conta que é mais importante o pensamento/desejo do que o desejo/pensamento, visto que um pensamento pode ser o resultado do que captamos na meditação ou um qualquer sinal, que nos possa fazer sentido para, em seguida, desejarmos entrar em acção, e o desejo ser apenas uma emoção momentânea, resultado de qualquer circunstância ou situação.

Meditar é bom, meditemos pois, sozinhos ou em grupo, ganhando aquela sensação de plenitude que, no yoga, chamamos “Nirvana”, o ser e o estar em harmonia!!! 

OM SHANTI OM




Comentários

Om Shanti🕉️
Gratidão por tanto Amor&Entrega!
Inês Lancelevé disse…
Já li por aqui que às vezes o post parece dirigido a alguém…hoje é a minha vez de ter essa sensação. É mesmo o que eu preciso, meditar. Um grande abraço. Om Shanti.

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