VAMOS FALAR DO TEMPO

 

VAMOS FALAR DO TEMPO

Os anos passam, mas o tempo fica. O que é o tempo afinal? É engraçado o tempo… Um dia faz Sol, outro dia chove ou faz vento! O tempo passa, o tempo tarda… Estranhos tempos estes! A escrita é, no entanto, intemporal, está para além do tempo e do espaço, com as palavras a fluírem, prontas para resistir à eternidade. O tempo, na verdade, não existe, e podemos fazer dele o que nos serve, o que nos convém ou o que for necessário para as circunstâncias. O que nos dá a noção do tempo e da realidade, são as nossas expectativas, ideias preconcebidas, ao mesmo tempo que sentimos que as nossas emoções se afectam por isso. No entanto, as coisas são como são e o tempo vai-lhes dando a sua medida. O corpo, como mapa dos pensamentos, a manifestar-se a cada passo, e é possível descodificar esses sinais, quando lhe damos a atenção necessária, usando da criatividade, com a ideia de que o poder é nosso! Tudo leva o seu tempo, mas a capacidade de concentração permite-nos desenvolver uma vontade, e transformar o que é fácil transformar. Sem pressa, mas com um propósito firme dessa mudança desejada e, naturalmente, necessária.

Há um tempo de solidão, quando procuramos ir ao encontro da nossa essência, buscando respostas, procurando aquela paz que o silêncio faz acontecer. Mergulhando fundo, com a respiração bem lenta, fazemos com que o tempo pare, para que o contacto com as entidades que nos assistem, nos passem as mensagens que nos servem naquela ocasião. Deixamo-nos envolver por aquela energia canalizada para o momento, e deixamos que a tristeza ou a alegria nos faça acreditar que a natureza humana é polarizada, e os sentires se complementam. Saborear esta pausa, em que o tempo não conta, vamos captar os sinais que nos vão apontar o caminho a seguir, sabendo que, na vida, tudo é uma ilusão, e que nos compete usar a nossa vontade para prosseguir, com confiança, e a segurança que nos dá estar num círculo de energia, aquele grupo de almas, onde damos e recebemos na mesma medida.

As emoções nossas de cada dia, levam-nos a prestar mais atenção a tudo o que nos rodeia, permitindo que a alma transpareça nos momentos de desassombro. Na realidade, somos o que sentimos, somos o que amamos, sofremos ou rejubilamos! Tantas ideias, tantos sentires que nos permitem ampliar a consciência, para sabermos se temos de lutar ou fugir, com dúvidas muito mais esclarecidas, fazendo de nós guerreiros e descobridores, capazes de fazer deste tempo o nosso, deixando que o tempo voe sem asas, ganhando vida própria.

Neste tempo de silêncio, ouvi a música da alma, o fora e o dentro já não se distinguem, e começo a fluir com a circunstância, envolvida por esta magia, que me leva, leva, numa brisa amorosa, em que é possível seguir, seguir, seguir, num tempo de silêncio em que posso respirar com o universo que sou!!! Tempo de meditar, tempo para dar atenção às impressões latentes que me mostram o ponto em que me encontro, constatando o que se apresenta, com alguma distância e muito amor. As respostas virão a seu tempo, de várias formas e maneiras, aceitando o que vier, com as emoções a deixarem de ser impedimento para chegar ao conhecimento pleno, à plenitude do ser e do estar.

A falar do tempo, nos entendemos, fazendo deste encontro o nosso próprio tempo… Grata pela oportunidade desta saborosa partilha!

                 OM SHANTI OM

                       


Comentários

Anónimo disse…
Verdade, realmente o tempo somos nós que o definimos, e quando é assim somos livres de pensar, de aturar … obrigado por mais este excelente pensamento
JC

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