ACRESCENTANDO UM PONTO...

Isto para vos dizer que as informações das memórias vão chegando à minha mente de forma vertiginosa e, quando tal acontece, tenho de me virar para dentro, ou seja, meditar sem precisar de me sentar na conhecida postura para o efeito. A meditação há muito que passou a fazer parte integrante da minha vida como meio de me manter em sintonia com o universo onde está tudo que é preciso saber em cada momento, cada circunstância. Sempre que me concentro de forma total, aí começam a chegar as ideias ou as sugestões adequadas ao seguimento da tarefa que tenho em mãos. A mente transforma-se em antena e capta o que paira no nosso campo magnético, e assenta que nem uma luva no nosso coração como uma evidência tão clara quanto necessária. Às vezes não sei bem porque dou comigo a pensar em algo que, por acaso, nem tem nada a ver com o que estou a fazer no momento, mas que se “agarra” ao pensamento irremediavelmente. Quanto tal acontece, preciso de me debruçar sobre o assunto e ficar à espera de sinais evidentes de que aquela matéria tem o seu sentido ou o seu propósito específico: é preciso que se note que há muita informação no ar e podemos captar coisas que são circunstanciais e, por essa razão, acabam por se diluir ou perdem importância momentânea ou definitiva. Sempre que os sinais se repetem, então, sei que o que me vem à cabeça tem o seu mérito, o seu propósito.
A meditação leva-nos ao encontro com o nosso Eu Superior, à Essência da qual somos feitos e, esse encontro, permite-nos obter a clarividência necessária para prosseguir com as tarefas implicadas no processo em que estamos inseridos. Quando se dá esse encontro a energia expande-se de uma maneira que é difícil de explicar por palavras pois estas não têm a vibração que chegue para definir o que se sente ao atingirmos esse estado alterado de consciência. À medida que vou escrevendo este texto, posso dizer-vos que as palavras expressas procuram dar uma ideia do que sinto ao passá-las para o ecrã do computador e, no mesmo instante, entro em comunicação com todos os que as vão ler logo que as ponha no ar. As palavras escritas deste jeito, têm uma vibração muito própria e uma carga energética fortíssima que se projecta muito para além de mim.
Acrescentar este ponto foi necessário para que compreendam que a importância deste contacto nos ultrapassa a cada instante. A partilha das experiências e das manifestações de natureza subtil, fazem parte do meu Caminho e os meios que servem esse objectivo são vários e variados. Quantas vezes nos chegam às mãos livros cujas mensagens são tão evidentes e tão importantes como quando alguém nos contacta e nos diz exactamente aquilo que precisávamos de ouvir, mesmo que a intenção do mensageiro não tenha essa carga. Um simples gesto pode, igualmente, fazer toda a diferença.
A minha vida tem sido pautada por uma série de sinais e informações que vou percebendo e captando sempre que dou a atenção necessária. Dar atenção é o princípio de leva ao Conhecimento mais profundo, a um contacto de alto nível que não se explica porque não são os mecanismos habituais a perceber o que se está a passar. A consciência expande-se muito para além dos limites do consciente e o que sabemos, sabemos!!! Deixem-me que vos deixe com um trecho que tirei dum pequeno livro do Fernando Pessoa, “A Hora do Diabo”. Um dos tais que me veio parar às mãos num momento oportuno como tantos outros. Tenho com Fernando Pessoa uma relação de proximidade que, também, não vos posso explicar, mas posso dizer que entendo muito bem a sua linguagem e a vibração das suas palavras, apesar de não ser uma conhecedora da sua poesia como tal. Então é assim:

“O homem não difere do animal senão em saber que o não é. É a primeira luz, que não é mais que treva visível. É o começo, porque ver a treva é ter a luz dela. É o fim, porque é o saber, pela vista, que se nasceu cego. Assim o animal se torna homem pela ignorância que nele nasce.
São eras sobre eras, e tempos atrás de tempos, e não há mais que andar na circunferência de um círculo que tem a verdade no ponto que está no centro.”

Deixo-vos hoje, desejando que encontrem o Caminho da Sabedoria através do contacto com aquilo que realmente são: LUZ.
Fiquem bem. Obrigada por Serem e Estarem comigo neste universo de memórias. Comecei por vos contar um conto…

Comentários

Aldina Duarte disse…
Sou uma admiradora da obra de Fernando Pessoa, recorro diversas vezes a um verso seu: "Tudo é verdade, tudo é caminho", para além de muitas outros escritos deste poeta genial.

Distinguir entre informção a reflectir e para deixar passar é um dos sinais da sabedoria, que pode não ter directamente a ver com o conhecimento, deduzo eu, neste momento exacto?, tentando humildemente seguir o seu método espontaneo de atenção ao instante! Porém, penso que entendi através deste seu texto que a informação a reflectir é a que recorre ao nosso pensamento a emergente vem e desaparece por si, será que entendi bem? Pelo menos os meus neurónios estão contentes com a actividade deste momento, eles agradecem!

beijinhos
Maria Emília disse…
Para começar, o conhecimento passa paela experiência. Só quando experimentamos passamos a conhecer, o resto é informação. O pensamento recorrente tem de ser analisado para se entender que não é desejo-pensamento, ou seja, que não surge a partir dum desejo. Ao pensamento-desejo já se pode chamar intuição, pois é informação que nasce para além da nossa vontade consciente.
Espero que esta explicação continue a alegrar os seus neurónios...

Bejinhos
Aldina Duarte disse…
Os meu neurónios agradecem a alegria que lhes voltou a proporcionar... mas ainda andam às voltas?! :-))

beijinhos!

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