JAIPUR - A CIDADE COR-DE-ROSA


Aqui vamos nós, Índia acima, seguindo os passos estabelecidos ou improvisados. Como lhes disse, demo-nos ao luxo de apanhar um avião que nos levasse até Jaipur, a cidade cor-de-rosa. Esta parte estava programada porque com os transportes naquelas terras não se brinca… E, foi assim…
Que apanhámos uma camioneta que nos deixou num modesto aeroporto onde tomámos o pequeno-almoço. A viagem não foi muito demorada e, à chegada, alugámos um Rikshaw com um condutor velhote amoroso que nos serviu de guia até ao fim do dia. Arranjou-nos um hotel, muito ao estilo de casa colonial. A minha amiga estava com um bocado de medo de novo encontro com as “amigas” baratas, mas as massas também não davam para outros luxos e, por isso, teve de se conformar. O hotel ficava dentro dum jardim, o que era excelente para nos proteger dos maus cheiros que vinham dos esgotos a céu aberto das redondezas. Depois do almoço demos início à visita à cidade que nos pareceu bastante bem delineada, com ruas largas e alcatroadas. O trânsito, aquela loucura que se conhece da Índia: carros, montes de bicicletas, Rickshaws, mini-autocarros, um verdadeiro pandemónio que só eles entendem. Tivemos o cuidado de comprar os bilhetes para a viagem de autocarro até Agra, não fosse o diabo tecê-las. Seguimos para o Observatório que podem ver no postal acima. Este Observatório foi construído pelo fundador da cidade que era um génio nestas matérias. Engenhocas de mármore, pedra e bronze, relógios de Sol com grande precisão, hemisférios, planisférios, planetário, signos zodiacais, eu sei lá! Foi uma visita muito interessante e ilustrativa. Passámos para a visita ao Palácio Real que durou 1 hora, um verdadeiro mergulho na história deste povo que, naquela zona sofreu várias invasões e, em consequência, variadíssimas influências. Fora da cidade – construída dentro de muralhas - andámos uns quantos quilómetros para ver o palácio primitivo do Maharaja Jain. Tem uma situação espectacular pois fica a cerca de 300 metros de altitude. Pena que estivesse tão degradado. Fomos a pé até lá acima, não tendo escolhido ir de elefante por ser estupidamente caro e, pessoalmente, penso que não iria acrescentar nada às emoções já vividas.
Como habitualmente, terminada a visita turística enfiaram-nos num armazém de artesanato onde nos foi mostrado como são feitos os estampados, fazendo mil e uma tentativas para nos venderem tudo e mais alguma coisa. Acabei por comprar duas colchas muito bonitas que, ainda hoje, estão a uso pelo seu colorido e originalidade. Antes de regressarmos ao hotel, passámos pelo mercado onde fomos comprar a costumada fruta, tendo feito o resto do caminho a pé, com numerosas fintas às bicicletas, aos automóveis e tudo o resto que mexe e apita desenfreadamente. Acho que eles conduzem com a mão colada à buzina… Um salve-se quem puder! Terminámos o dia com um banho e o jantar refrescante, preparados para a viagem do dia seguinte, até Agra onde se encontra o imperdível Taj Mahal.
Nota importante: fazia nesta altura 1 semana que tinha deixado de fumar sem me custar nada! Sentir-me LIVRE é uma experiência inolvidável que mantenho e convido todos a terem essa vivência. Engraçado é nunca mais ter tido vontade e até me parecer que nunca fumei… Eu sei que nem para toda a gente é assim e, que este é um vício muito difícil de deixar e que passa sobretudo pela vontade espontânea que não nasce, propriamente, na cabeça.
No dia seguinte de manhã, lá apanhámos o costumeiro autocarro de “luxo” que levou quase uma hora só para se desenvencilhar do trânsito da hora de ponta que, cá para nós, é a todas as horas… A caminho do Taj Mahal.
Um abraço.

Fiquem bem!

Comentários

Aldina Duarte disse…
Não sonhava que existia um acidade cor-de-rosa!? Que bonita deve ser a luz numa cidade desta cor?! Obrigada por nos revelar uma das realidades que podem superar alguns sonhos!

beijos!

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