MIL E UMA VIDAS II
Continuando… Entretanto, tive um apelo irresistível do meu, então, namorado/noivo, e agarrei nas malinhas, apanhei um avião e desembarquei em Pangim (Goa), depois de um casamento por procuração que, naqueles tempos não dava para nos juntarmos sem as bênçãos da Santa Madre Igreja ou de um Conservador do Registo Civil!!! Os primeiros tempos não foram muito fáceis pois estranhei o clima quente e húmido, e tive de enfrentar os trabalhos domésticos a que não estava, minimamente, habituada, menina burguesa de primeira apanha. Começava o dia a estudar o meu livro de receitas predilecto (até hoje), e a encontrar no mercado os ingredientes que se adaptassem ás minhas escolhas. Felizmente, tinha gosto pela cozinha e alguma coisa tinha aprendido com a cozinheira que trabalhava em casa dos meus Pais. Mesmo assim, valeram-me as vizinhas tailandesas que me ensinaram a escamar peixe… As fardas brancas do meu marido (ele é oficial de marinha), treinaram a minha paciência! Passar a ferro não é, propria...