Pois, meus amigos, chegaram ao fim as prometidas férias que, felizmente, correram às mil maravilhas, tendo dado para descansar o corpo e limpar a alma de todos os resíduos que se vão adquirindo ao longo de um ano de trabalho.
Munidos das ferramentas necessárias para manter uma casa de férias em funcionamento conveniente, passámos os primeiros dias a assentar arraiais nestas paragens alentejanas, já nossas conhecidas e apreciadas, até entrarmos no ritmo das idas à praia, das compras na vila e na confecção dos belos jantarinhos em que aproveitávamos para por a conversa em dia. Passávamos o serão tranquilamente, ora vendo algum programa de televisão de interesse geral, jogando às cartas ou arrumando as fotos, dignas de registo, no computador.
Por coincidência (se é que as há), os nossos vizinhos, para além de serem pessoas simpáticas, muito na nossa onda, traziam consigo uma filha que, por “coincidência” (outra), tinha sido professora de ginástica dos meus netos numa das escolas em que andaram. Escusado será dizer que, também, ela alinhava na jogatina das cartas que acabava sistematicamente, numa risota pegada. O meu computador fez-me boa companhia, permitindo-me manter algum contacto com o exterior.
Nós, os mais velhos, frequentávamos mais a praia em frente à Ilha do Pessegueiro (aquela que não tem nenhuma árvore digna desse nome...), por ser mais sossegada e de mais fácil acesso, enquanto a juventude se deleitava com as ondas na praia dos Aivados onde podiam dar azo à sua prática de “bodyboard”, de “Surf” ou apenas pelo gozo de uns belos mergulhos. O tempo esteve quase todos os dias bom, tirando alguns em que o vento soprou mais forte e as ondas se enraiveciam, prometendo a chegada do equinócio.
O Goofy (o Beagle da minha filha), também gozou uma ida a banhos na praia onde os animais são permitidos. É um bom companheiro e não perturbou demasiado as cadelinhas dos nossos vizinhos, cada um cuidando do seu território, como é da praxe. Todas as manhãs, ele e o meu marido faziam o seu passeio higiénico, percorrendo as redondezas campestres. Estar no campo, perto da praia, é o ideal para descansar da confusão que há nestas terras de veraneio e, por isso, escolhemos sempre estes sítios onde descansamos verdadeiramente.
Já agora, acrescento que, entretanto, também celebrámos o aniversário do meu marido e recebemos, com muita alegria, a visita de uns amigos que nos “encomendaram” uma sardinhada à maneira, que resultou no esperado sucesso e prazer para todos.
Assim nos preparamos para iniciar a nova época de trabalho, com a cabeça fresquinha e retemperadas as forças, para que não nos falte o ânimo e a vontade de ir à luta, com a alegria e a esperança de dias felizes. Espero que tenham tido umas férias tão boas quanto as minhas, ou se as vão agora gozar, que as aproveitem ao máximo.
Fiquem bem!

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