A IMPORTÂNCIA DE SENTIR FRANQUEZAS

 

A IMPORTÂNCIA DE SENTIR FRAQUEZAS

Quando tomamos consciência das nossas fraquezas e somos capazes de as avaliar, sabemos então com que contar e ter a capacidade de as promover a um estado em que a coragem, a compaixão e a entrega, passam a fazer o seu papel e a ser possível criar algum estratagema para que as interacções ocasionais, se façam sem medo nem timidez. Deixamos de nos sentir dormentes e passamos a actuar com liberdade, e a sensação de pertença ao grupo de almas em que nos encontramos e com quem gostamos de partilhar sentires, estabelecendo encontros produtivos e consequentemente, agradáveis e úteis.

A noção de vulnerabilidade é aquele factor que nos permite partir para a acção, com a certeza de estarmos disponíveis para acordar experiências e o seu resultado, sendo essa a forma de aceitar a condição e prontos para avançar num diálogo concreto e assertivo, com uma consequência positiva!

Tive de vencer a minha timidez, quando o yoga se apresentou como forma de vida, a acreditar na sua validade, importância e necessidade da partilha premente, com os que me foram caindo no colo. Fiz das fraquezas força e passei a concretizar o sonho de me tornar um espelho onde as pessoas pudessem ver o seu reflexo, acordar o seu sentir mais profundo e a tomar nas próprias mãos o seu processo de desenvolvimento, sabendo que não estão sozinhas e que vale a pena seguir aquele exemplo.

Ao sentirmos as nossas fragilidades, podemos, por vezes, duvidar das aptidões adequadas ao momento, ou em que condições actuar de acordo com as necessidades, mas essa consciência dá-nos a oportunidade de nos prepararmos e de encontrar uma solução satisfatória. Falar em público é uma tarefa que implica algum conhecimento da matéria em causa e saber lidar com a situação, afim de manter a audiência interessada e atenta, pois o tempo de concentração é, de certo modo, limitado e, a atenção, facilmente se dispersa! Felizmente, tive a sorte de ter tido alguns mestres na retórica e, com eles aprendi imenso, para além do gosto que tenho na partilha de conhecimento e vivências marcantes.

Sentir as nossas fraquezas é um sinal de inteligência e da sua importância no dia-a-dia e em qualquer circunstância que implique um cuidado ou uma atenção específica. Fazer das fraquezas força é apanágio de eleitos, daqueles que se dedicam a dar atenção ao mundo que os rodeia e da necessidade de marcar pontos na troca de impressões num convívio familiar ou social. Lá vai o tempo em que uma chamada ao quadro na escola, me deixava em grande aflição, e só tenho a agradecer a oportunidade de experimentar outra maneira de ser e de estar, no papel que me tem cabido nesta passagem, em que vou aprendendo e ensinando, os que são uma companhia e uns quantos desafios!

                OM SHANTI OM