PASSAGENS

 



PASSAGENS

A realidade em que vivemos, depende essencialmente dos sentidos. O que vemos, o que ouvimos, o que tocamos, o que cheiramos, e o que provamos, dá-nos a medida do mundo ao nosso alcance. Estes sentidos são algumas das portas e janelas da nossa existência e abrem-se quando as circunstâncias assim o permitirem. Quando concentramos a mente, tornamo-nos canais por onde flui a informação. Os sinais serão tanto mais fortes, quanto mais desimpedida estiver a rede de comunicação. As mensagens recebidas em cada instante, proporcionam as pistas necessárias para que o nosso caminho se torne menos íngreme e mais agradável. As dificuldades são transpostas, mesmo se passarem por algum desânimo, que se transformam em exercícios de vontade e devoção. O que captamos serve-nos de indicação, podendo ser partilhado com os nossos pares. A receptividade está sujeita à interpretação, pois é essa a liberdade que cabe a cada um de usar a informação de acordo com o ponto de desenvolvimento em que se encontra. As palavras escritas ou pronunciadas, não se fizeram para serem entendidas, mas sim vividas à luz da experiência pessoal.

As palavras que vos passo são fruto das minhas passagens por um tempo e por um espaço, e não têm outro sentido que não seja o da partilha duma vivência, intensificada pelo desejo de cumprir um destino, que escolhi ou me foi sugerido. A utilidade que lhe derem pouco importa, a sua vibração ficará para sempre no ar, pois somos emissores, prontos a irradiar as ondas que alguma vez recebemos, mesmo que as entendamos apenas intelectualmente, ou sintamos que foi menos clara. A minha realidade são os outros. A necessidade de partilhar ultrapassa-me. As expectativas são apenas as dum gosto pessoal em fazer destas experiências de comunicação uma aventura tão amorosa quanto excitante, e onde os tesouros, há tanto tempo escondidos, se podem descobrir e guardar na arca dos sonhos.

  

            OM SHANTI OM

              


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