SENTIR O RITMO DO UNIVERSO
SENTIR O RITMO DO UNIVERSO
Ser e
estar é pulsar ao ritmo do universo e sentir que os limites são meros
obstáculos a transpor, sabendo que nada é tudo e tudo é nada, e o conhecimento
acontece quando a relação com os outros se faz sem imposição, e deriva dessa
circunstância uma serenidade, que faz com que uma projecção chegue para lá do
mundo que nos rodeia. As mudanças, fazem-se sem esforço, pois a energia flui
moldando-se para prosseguir o seu caminho. À medida que avançamos na escala da
evolução, vão desaparecendo os véus da ignorância, caindo os filtros da ilusão.
O que sentimos torna-se realidade, de tal maneira nítida que as respostas às
questões são apenas uma busca da confirmação daquilo que já sabemos. Essa forma
de sentir já não se expressa debaixo duma emoção imanente, com origem numa
carência afectiva. O corpo manifesta-se sem rodeios, e demonstra os seus
agrados e desagrados. Quando se aquieta e a mente se tranquiliza, passamos a
sentir o pulsar do universo, com os sinais a serem mais evidentes, para poderem
ser aceites e trabalhados.
A
linguagem do corpo é um código muito pessoal, pois é feito de todas as
impressões latentes e predominantes. A sua leitura é um desafio importante,
pois ajuda-nos a tomar o passo seguinte, com determinação e segurança. Quem sou
eu, para onde vou, de onde venho, são perguntas que se perdem pelo caminho.
Tudo faz parte das circunstâncias, dum momento vivido noutro tempo, noutro
espaço. O facto de estarmos aqui, de sermos o que somos, é o resultado de um
conjunto de experiências que foram determinando o processo de evolução em que
nos encontramos. Aceitando essa condição, ficamos aptos a usar a ferramentas
postas ao nosso dispor para continuarmos a gozar o privilégio da ascensão.
Sentir a
pulsação do universo é estar atento ao que é, para avaliar a relação de forças
existentes e cada etapa. Podemos lutar ou fugir, avançar ou parar. O instinto
tem a razão que a razão desconhece; as leis da natureza são inexoráveis. As lutas
e as fugas são exercícios de poder, que é tanto maior quanto mais activa
estiver a consciência, e se promove a criatividade, a imaginação. Uma mente consciente faz deste instinto um
sistema de autodefesa. Aquilo em que acreditamos não tem de ser uma barreira
intransponível, pois as experiências do passado, podem ser o motor de
transformação que nos leve a criar uma nova realidade, mais consentânea com os
projectos propostos, contando com as ajudas que estamos dispostos a receber.
Pedir e receber na mesma medida é o mote, visto que nas partilhas ganhamos mais
segurança, mais independência. A relação corpo-mente é uma realidade constante
que implica uma atenção, um cuidado permanente, descodificando os seus sinais,
as suas razões.
Pulsar
ao ritmo do universo é ser e estar em todos os sentidos. Que mais podemos nós
desejar?...
OM SHANTI OM

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