AUTOCONFIANÇA E AFIRMAÇÃO




Quando crianças, pensamos que os outros são como nós e, isso, dá-nos segurança e um sentido de pertença, além da garantia de sermos amados. À medida que vamos crescendo, temos tendência para imitar os outros, perdendo a noção de que, realmente, somos seres únicos. O problema é que, na sociedade actual não nos é dada a oportunidade para saber quem somos nem tão pouco quem são os outros. No entanto, a partir do momento que passamos a ter consciência da própria identidade, pode-se estabelecer contacto com os outros, sentir empatia e, ao mesmo tempo, ser capazes de cooperar com eles sem receio de perder a liberdade. O grande desafio é ganhar confiança e a afirmação necessária para que a aceitação dos outros seja possível e se passe a aceitar como desejável, as diferenças próprias da individualidade que somos.
As relações começam por ser competitivas, evoluindo para a cooperação, com sentido de igualdade e partindo para o espírito de solidariedade ou amor incondicional com toda a segurança. A dificuldade que as relações apresentam tem a ver com a falta de auto-estima ou de maturidade para se poderem definir. Logo que haja uma consciência da consciência, começa também a consciência do EU. De facto, o que nos distingue dos animais é, precisamente, termos uma consciência e de percebermos a nossa relação com o meio onde estamos inseridos, capazes de gerir a vida de acordo com as necessidades e a vontade. As emoções passam a ser mais controladas, embora sabendo que são inevitáveis e, por vezes, se manifestem para além da vontade, pois o instinto de sobrevivência é demasiado evidente e forte para ser “apagado”. Importante é aceitá-las e aprender a geri-las para que não se voltem contra nós e provoquem estragos irremediáveis.
O Homem julga-se capaz de controlar tudo e todos, mas mesmo que tenha algum poder não se pode esquecer que o sistema de Luta/Fuga está bem vivo em todos. Sabendo isso, a solidariedade nasce, fruto do próprio Conhecimento e da Sabedoria que se manifesta sob a forma de tolerância e Amor incondicional. Com o tempo apercebemo-nos da nossa mortalidade física e da imortalidade espiritual.
Com a prática da Meditação (Raja Yoga), avança-se dia a dia sem expectativas e de esperança renovada, na certeza de que somos tudo e não somos nada e que o que importa é SER e ESTAR em harmonia.

Fiquem bem!

Comentários

Aldina Duarte disse…
Bom dia e que a luz se espalhe pelos meadros da verdadeira harmonia...

Mil beijos de até sempre!

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