FAUSTA, A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
FAUSTA,
A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
Em cada momento de pausa,
tranquilidade e introspecção, procuro respostas às questões que me são postas
na relação com os outros. Sempre atenta aos sinais, escuto o som das palavras,
vejo as cores e os gestos, sinto na pele o ambiente que me rodeia nesta
vivência tão intensa quanto espantosa. Na busca da minha individualidade,
polarizo atenções e vou dando sequência aos desafios propostos. Sou tudo e sou
nada! Sou “todos” e ninguém. A minha energia intromete-se com as demais e
provoca novas sensações, desencadeando processos de busca e descoberta, por
vezes, surpreendentes. A “Árvore do Conhecimento”, denominada
Fausta – talvez pela sua riqueza e sabedoria – tornou-se num dos guias que me
acompanham. A sua presença é uma constante. Alguns diálogos, que com ela
mantenho, são breves e precisos. Uma pergunta, uma resposta; uma dúvida
esclarecida ou, apenas, uma saudação que me serve para determinar o caminho a
seguir. Ela está sempre comigo. É bom ser amada assim...
A pouco e pouco vou entendendo
o papel que me tem cabido e, nessa medida, deixo que o meu corpo seja um
verdadeiro veículo capaz de levar os outros ao crescimento devido, não
esquecendo que eu própria tenho de crescer, em qualquer idade! O entendimento
com aqueles que amo não é, senão, sentir que fazemos parte da mesma galáxia e
que o oceano onde navegamos se torna alteroso, sempre que os ventos correm
desfavoráveis. A calmaria chega quando se esgota a depressão originária nas
profundezas do Ser, meio de purificação e de fortalecimento para navegadores
solitários, mas não sós.
Fausta, naquele jardim plantada
há longos anos, com as raízes explorando a terra quente e húmida, ergue os seus
ramos vestidos de folhas primaveris e saúda-nos a cada passagem. O amor é
incondicional, não espera, nem desespera, pois sabe que a sua dádiva terá
sempre um receptor: os pombos que poisam nos seus ramos, as crianças que
brincam à sua sombra, os velhos que desfilam as suas memórias e os amantes que
soltam suspiros numa paixão renovada, comprometida.
Fausta, a “Árvore do
Conhecimento”, é um guia, também, para aqueles que a reconhecem plena
de sabedoria, mas para mim é acima de tudo, um marco na minha evolução espiritual.
Encontrá-la no meu caminho despertou em mim mil e uma sensações, todas
temperadas dum gosto requintado, doce e salgado, moldadas ao jeito duma onda de
ternura, que me é irresistível no contacto com os meus semelhantes, os que se
foram e vão atravessando no meu caminho e fazem da sua confiança a minha
esperança e o meu desejo de fazer mais e melhor. Assim continuarei, até ao fim
dos dias que me faltam, neste percurso que é a vida na matéria.
Esta figura, criada e expressa
naquele momento mágico, tornou-se um símbolo, uma imagem de marca.
OM SHANTI OM
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