ILUSÃO

 

ILUSÃO

As circunstâncias e aquilo que vamos vivendo, criam uma série de impressões que se vão estabelecendo e nos dão a ilusão duma realidade que nos vai criando a ideia de que o que é, É! A escrita foi fazendo parte do meu sistema de actuar a vários níveis, sendo uma das formas fáceis de passar testemunhos, informações e, também, sentires, que me afloram à mente, muitas vezes, inesperadamente, fazendo-me acreditar na sua validade e, talvez, importância. Os reflexos dessas emoções e sensações mostram-me que vale a pena continuar o que me parecia relevante partilhar, com algum sentido de oportunidade.

Agora, que estou a viver um tempo de pausa e de grande introspecção, revejo os sinais que se manifestam nos contactos estabelecidos ou que vou estabelecendo e a sentir que, na verdade, nada tem importância e que, a vontade que tenho em expressar por escrito as mensagens, acordando o desejo de as expor, mesmo sem não me aperceber a quem elas vão tocar, segue naturalmente…

 A publicação dos meus livros aos longo dos anos, deveu-se à vontade de passar aos outros alguma da sabedoria de experiências feita, com a ajuda generosa e participação duma grande amiga, que me tomou debaixo das suas asas, manifestando um entusiasmo e consideração pela qualidade dessa escrita, fazendo-me crer igualmente na sua validade. Os muitos leitores do meu blog "Quem conta um conto…", na sua maioria incógnitos, estimulam-me, apesar de tudo, o desejo de prosseguir com essa partilha de sentires ou de vivências, merecidas dessa acção, por isso continuarei a expressar-me do meu jeito e capacidade de fazer com que essa acção se apresente com qualidade e a criatividade ao meu alcance.

Tenho pena de não ter mais feedback e de estabelecer contacto directo com os meus interlocutores, para uma troca de impressões e ajuste de contas, afim de saber como melhorar estas experiências e ganhar outros valores, aqueles que, naturalmente, estão nos que fazem parte deste grupo de almas. A tecnologia veio abrir muitos caminhos, mas fez com que nos tornássemos mais distantes, mais introvertidos, apesar da aparente proximidade. Nada como olhar olhos, ouvir o som das palavras proferidas e aqueles abraços, tão aconchegantes!!!

OM SHANTI OM