OUTONO NO JARDIM






“Saídos da escuridão procuramos a Luz. A nossa coluna é a árvore da Vida que nos prende à terra para que o processo de evolução seja uma realidade. Sejamos firmes e flexíveis para que a seiva continue a fluir até à realização final.”

Não posso deixar de vos dizer como é maravilhoso o espectáculo das Ginkobilobas no Jardim das Amoreiras, em Lisboa, chegado o Outono! Por enquanto ainda não atingiram o ponto que vos mostra a fotografia acima, tirada o ano passado. Vale a pena estarem atentos. Este jardim é mágico e inspira qualquer um que por lá se detenha em pausa da lufa-lufa do dia a dia. Uma das muitas árvores tornou-se minha amiga, chama-se Fausta. Como esse encontro se deu, está contado no meu próximo livro “A Alma e os seus Percursos” que está previsto sair em meados de Dezembro (Editorial Angelorum Novalis).
Esta estação do ano, em Lisboa, tem uma Luz particular, um Verão a despedir-se suavemente, deixando as lembranças das férias bem guardadas. Um tempo para, devagarinho, irmos mergulhando no nosso Ser mais profundo, onde nos recolhemos para meditar no Caminho que estamos a percorrer e preparar terreno para novas sementeiras, novas ideias. Pessoalmente, penso melhor com o tempo mais fresco, por isso, gosto desta altura do ano em que dá para pensar em novos projectos, estimulada a criatividade, pela necessidade de avançar e procurar desafios interessantes e esperar encontros enriquecedores.
O Mundo está num grande desassossego, a precisar dos que acreditam que a Paz se constrói de dentro para fora e não de fora para dentro. A Paz individual é um elo de uma imensa corrente de energia que se propaga naturalmente; requer uma grande atenção, um trabalho, uma disciplina e, sobretudo, uma intenção que está para lá de ideias feitas e de facilidades mágicas que muitos apregoam. Não basta ter pensamento positivo, é preciso que as acções tenham a sua correspondência. Não basta ler instruções ou passarem-nos receitas milagrosas para que a Vida passe a correr sobre rodas! A consciência é algo que tem de ser trabalhado de forma criteriosa e com toda a humildade do mundo. Soluções fáceis para os problemas não representam garantias para coisa nenhuma!!! O auto-conhecimento é, apenas, um passo para a solidariedade, absolutamente necessária para o desenvolvimento pessoal e de grupo. A unidade na diversidade devia ser o nosso lema. Somos UM, pertencendo a um TODO, como células de um tecido e, se cada um souber como É e como ESTÁ, a harmonia estabelece-se naturalmente. Um sociedade equilibrada depende da ordem e a ordem depende, por sua vez, da responsabilidade individual e colectiva, cumprindo um “Dharma” (Dever) que fará com que o Karma também se cumpra.
Não percam, pois, a visão fantástica das Ginkobilobas no Outono e respirem a tranquilidade daquele jardim ou de qualquer outro que encontrem no vosso deambular e sintam aquela paz a instalar-se. Vale a pena meditar na árvore que somos e sentir a seiva correr-nos pelas veias, alimentando o corpo e a alma.
Fiquem bem!

Comentários

Aldina Duarte disse…
Até porque o desassossego da Humanidade é sempre o nosso, portanto, assim como a nossa paz será sempre também a da Humanidade! Eu sempre que as emoções não me turvam o pensamento, escolho bem, outras vezes menos bem, porém sempre consciente, já é bom! Tudo porque aprendo sempre muito com todos os que por alguma razão se cruzam no meu caminho, por mais inúteis que pareçam os encontros...

Infelizmente não poderei participar na sessão de sábado no Centro Satsanga, Sentir Energia, porque estou a trabalhar à mesma hora... mas sentirei a vossa energia construtiva, certamente :-D

Beijinhos de Saudade!

Até sempre!
nina sem medo disse…
Sábias palavras Maria Emília, como sempre. Obrigada. Pela luz, pelo carinho e pela sua paz.

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