DIALOGANDO COM OS DEUSES

 

DIALOGANDO COM OS DEUSES

Quando o silêncio se instala, é tempo para entrar num processo em que os meus sentires mais profundos se manifestam e preciso de me aquietar, mergulhando na essência que me assiste, e ouvir o que os meus deuses têm para me dizer. Embora não faça perguntas, acabo sempre por obter as respostas que encaixam nas dúvidas ou preocupações que me assaltam.

Deixo-me levar, como um pêndulo que balança e me coloca na direcção certa, dando atenção ao que o corpo manifesta e esperando que a acção me leve na direcção espectável. Sei, à partida, que tudo passa pela escrita, através deste acto tão simples, consigo pôr as ideias em ordem, percebendo a importância de valorizar o papel que as polaridades têm, ao se conjugarem para que esta etapa da minha existência possa ir fluindo, com a responsabilidade própria de quem sabe que sabe, apesar de tudo.

A minha natureza vai-se manifestando e a imaginação não tem limites, e mostra-se com o esplendor duma sabedoria a fazer parte da essência que sou. Dialogando com os deuses, humildemente, me disponho a ouvir os seus recados e descobrir que, verdadeiramente, sou mestre e discípulo com o seu apoio.  Deixo-me guiar, aberta e disponível, para servir os que de mim se abeiram e precisam deste contacto.

Sei que as contradições, são próprias de quem vive na matéria, e que alguns desânimos assumem o seu papel, numa forma de me avisar da necessidade de continuar em sintonia com o universo e tirar partido do apelo dos sentidos. A capacidade de ir transformando o que for preciso, está em acreditar nos poderes que me foram concedidos, e o destino segue o seu curso ao manter o equilíbrio possível, em qualquer circunstância, continuando a dar atenção aos sinais e a fluir com os acontecimentos.

Ao ter consciência de que tenho de tomar nas mãos a responsabilidade de levar o meu processo de desenvolvimento, só tenho de seguir confiante e determinada para levar a bom termo esta passagem e agradecer tudo, todas as bênçãos e oportunidades concedidas.  Tanto aprendido, tanto partilhado, para sentir que vou saboreando cada momento em que o diálogo com os meus deuses, me apaziguam, e me deixam gozar aquela paz que vem de dentro, apesar da turbulência que vai pelo mundo fora...

Viver na matéria, realmente, não é nada fácil, aceitemos, pois, cada desafio, valorizando cada oportunidade para aprender e, talvez, alguma coisa, ensinar!!!

Grata pela companhia que os leitores destes meus escritos me proporcionam, mesmo aqueles que  nem sempre se manifestam...

               

               OM SHANTI OM